Sem proposta

Alckmin mentiu sobre reajuste e ainda não apresentou proposta aos professores

Segundo dados da própria Secretaria de Educação do Estado, correção salarial foi de apenas 12,3% entre 2011 e 2014

Miguel Angel Alvarez/A2D

Alckmin deslegitimou a greve dos professores, tentou desacredita-los e colocou a população contra a categoria

São Paulo – O governo Alckmin foi desmentido pelos números. Após afirmar que os professores tiveram “aumento” de 45% durante na gestão anterior, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo divulgou que o reajuste acumulado entre 2011 e 2014 foi de apenas 12,3%.

Em entrevista à repórter Caroline Campos, da TVT, a professora de Ciências Políticas Roseli Coelho afirma que a falta de transparência do governo prejudicou a greve da categoria que durou 92 dias. “É uma maneira de enganar a opinião pública, os professores, os alunos. Também deslegitima a greve, coloca a população contra os professores, porque se o governo diz que houve 45% de aumento e o movimento diz que não, então, é uma tentativa do governo estadual de desacreditar o movimento.”

A presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, afirma que Alckmin continua não priorizando a educação, enquanto os professores reivindicando o reajuste de 75% de forma gradativa para equipar a carreira à demais de nível superior do estado, durante cinco anos, mas ainda não receberam nenhuma proposta.

“A grande promessa quando estávamos em greve, era que em 1º de julho seria apresentada uma proposta. Primeiro, a data-base não é 1º de julho, é 1º de março. Só que não estão cumprindo esse ano, porque até o presente momento não tem projeto de lei que preveja o reajuste aos professores.”

Para Roseli, a população precisa cobrar o governo estadual. “A manipulação é horrorosa e grosseira que deve ser rejeitada, e deveríamos exigir do governo uma retratação.”

Assista na TVT.

Leia também

Últimas notícias