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Defensoria contesta Richa e nega presença de black blocs em manifestação

Em nota, Grupo de Trabalho de Direito Penal informou que nenhuma das pessoas detidas foi autuada por prática de crime de dano ao patrimônio público ou privado, porte de arma ou artefato explosivo

Orlando Kissner/ Fotos Públicas

Em novo ato ontem (1º), professores tingiram espelho d’ água do Palácio Iguaçu para protestar contra violência da PM

Curitiba A Defensoria Pública do Estado do Paraná negou a presença de black blocs na manifestação de professores ocorrida na quarta-feira (29) em Curitiba, e que foi violentamente contida pela Polícia Militar. A informação contesta o que vinha defendendo o governador Beto Richa (PSDB).

Em nota, o Grupo de Trabalho de Direito Penal da Defensoria informou que 12 pessoas foram detidas, entre professores e outros servidores, e dois adolescentes, apreendidos. De acordo com o órgão, eles foram ouvidos, autuados por crimes como resistência, desacato e perturbação do trabalho ou sossego alheio e liberados.

“Destaque-se que nenhuma das pessoas detidas foi autuada em virtude da prática de crime de dano ao patrimônio público ou privado, porte de arma ou artefato explosivo, não havendo nenhum indício de que tais manifestantes sejam integrantes de grupos denominados black blocs”, diz o texto.

No dia do episódio, Richa defendeu a ação policial, declarou não ter visto excessos e justificou o cerco à Assembleia Legislativa, onde os servidores públicos queriam entrar e os agentes tinham como função não permitir. A ação da PM, disse Richa, foi motivada pela identificação de black blocs na organização e no meio dos protestos.

“Partiram para cima dos policiais com as grades de contenção e estavam preparando coquetel molotov quando foram detidos”, declarou.

A contestação da Defensoria apenas torna mais grave a situação do governador, que ontem () foi alvo de novo protesto no Palácio Iguaçu. Os manifestantes jogaram corante vermelho na água do chafariz da sede do governo para simbolizar o sangue dos mais de 200 feridos no massacre de quarta. Desde então, Richa vem sendo criticado até por aliados.

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