assembleia legislativa

Dia Antitrote: relatos à CPI das universidades vão embasar debate na USP

Encontro com alunos vai mostrar estratégias para reverter o problema da violência no trote

Ricardo Kobayashi/assembleia legislativa

Adriano Diogo, presidente da CPI (à esq.), reúne-se com organizadores do ‘Dia Antitrote’

São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) vai realizar o evento ‘Democracia Universitária, ética e corpo: não à opressão, nenhuma vida vale menos’ no dia 24 de fevereiro, a partir das 9h, no Teatro da Faculdade de Medicina da USP, já denominado Dia Antitrote. Segundo a professora Zilda Iocoi, presidente da Diversitas-Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos, a ideia é ensinar aos alunos como lutar e reverter o problema da violência no trote.

Os relatos colhidos na CPI de violações dos direitos humanos das universidades paulistas, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), na Assembleia Legislativa de São Paulo, embasam a organização do evento.

Tanto a CPI quanto o evento resultam de audiências públicas promovidas pela Comissão de Direitos Humanos do legislativo paulista quando alunos vítimas de estupro, racismo e preconceito denunciaram trotes violentos ocorridos na FMUSP.

O evento tem participação de estudantes, docentes e representantes da faculdade, prefeitura do campus da Capital-USP, superintendência de Segurança da Cidade Universitária, Adusp e Coletivo Feminista Geni da FMUSP.

Estão previstas as mesas-redondas ‘Ações contra a opressão’, ‘Desocultando opressões’ e ‘Ações que superem o ciclo de violência’.

Após a morte do estudante Edison Tsung Hsueh, de 22 anos, em 22 de fevereiro de 1999, os trotes foram proibidos na USP, mas continuaram ocorrendo na FMUSP e em campus do interior do Estado.

O presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), Ciro Teixeira Correia, disse que a realização do evento no Teatro da FMUSP não significa que o problema do trote ocorra apenas naquela instituição.

 

Com informações da Assembleia Legislativa de São Paulo