Negociação

Em assembleia, professores municipais de São Paulo decidem manter greve

Em greve há um mês, docentes voltam a se reunir na próxima terça-feira (27), no vão livre do Masp

Fotoarena/Folhapress

Assembleia liderada pelo Sinpeem e Aprofem reuniu pelo menos 10 mil pessoas em frente à prefeitura

São Paulo – Os professores municipais de São Paulo rejeitaram hoje (23) a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no último dia 9 e decidiram manter a greve iniciada há um mês.

Os docentes participaram de uma assembleia organizada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem) e pelo Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), que reuniu pelo menos 10 mil pessoas em frente à prefeitura, na região central da cidade. Nova assembleia ficou marcada para terça-feira (27), às 14h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo, na avenida Paulista.

Pelo projeto de lei assinado pelo prefeito Fernando Haddad no último dia 9, o piso salarial dos professores terá um aumento por meio de abono de 15,38%, passando dos atuais R$ 2,6 mil a R$ 3 mil a partir deste mês. Os professores em outros níveis da carreira, incluindo 28.513 aposentados, receberão aumento de 13,43%, conforme já havia sido acertado em 2011. A expectativa do secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, é iniciar a incorporação gradual do abono a partir de 2015.

Os sindicatos entendem que apenas uma minoria dos professores, que recebem o piso, terá aumento real, uma vez que o abono de 13,43% já estava garantido desde 2011. Além disso, eles acusam a prefeitura de não chamar negociações e não atender às reivindicações relacionadas a melhorias nas condições de trabalho.

Hoje, durante assinatura do decreto que regulamenta do trabalho de artistas de rua, na prefeitura, Haddad reforçou que “a carreira de professor na cidade de São Paulo tem um dos maiores pisos do país”. “Aquilo que o professor leva para casa aumentou pelo menos 13,43%, o dobro do que a maioria das cidades ofereceu. As reivindicações de melhoria das condições de trabalho estão sendo processadas pela Secretaria de Educação. Isso é permanente.”

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