São Paulo – Está marcado para hoje (9), às 16h, com concentração no vão livre do Masp, na capital paulista, um ato unificado entre os estudantes da USP e da Unicamp, que pedem mais democracia nas universidades.

O pessoal da USP está em greve desde terça-feira passada (1º), data em que a reitoria também foi ocupada por dezenas de alunos, quando o Conselho Universitário debatia a possibilidade de mudança no método de escolha do reitor. A comunidade reivindica eleições diretas e paritárias, além de transparência nos processos administrativos da USP.

“É um ato de unificação do movimento estudantil, com unificação das pautas de democracia na universidade, que envolve as diretas para reitor com participação paritária, e o fim da lista tríplice”, afirmou Camilo Martins, do DCE da USP e estudante de História.

Os alunos da Unicamp reivindicam o fim do convênio entre a universidade e a Polícia Militar, que faz o patrulhamento no campus desde o final de setembro. Até então, a segurança era feita por uma empresa terceirizada. A mudança ocorreu após a morte do estudante Denis Casagrande, que foi assassinado durante uma festa dentro do campus, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas.

Sem acordo

Ontem (8) houve uma audiência de conciliação entre funcionários, estudantes, professores e representantes da reitoria da USP.

A reunião, que durou cerca de duas horas, ocorreu no prédio do Tribunal de Justiça, no centro da cidade, mediada pelo juiz Adriano Laroca, terminou sem acordo.

“A reitoria não está nem um pouco aberta a negociar, diz que só dialoga conosco quando sairmos da reitoria. E a ocupação foi justamente um dispositivo que o movimento encontrou para furar a barreira de diálogo com a diretoria”, afirma Martins.

O juiz tem prazo de 48 horas para decidir sobre o pedido de reintegração de posse.