Greve de professores da rede pública completa o terceiro dia no Distrito Federal

Manifestação diante de residência do governador Agnelo Queiroz, em Águas Claras, teve participação de estudantes e parlamentares (Foto: Valéria Carvalho) São Paulo – Professores da rede pública do Distrito Federal, […]

Manifestação diante de residência do governador Agnelo Queiroz, em Águas Claras, teve participação de estudantes e parlamentares (Foto: Valéria Carvalho)

São Paulo – Professores da rede pública do Distrito Federal, em greve há três dias, promoveram hoje (14) manifestação em frente à residência oficial do governador Agnelo Queiroz (PT). A manifestação foi um protesto contra o que o sindicato da categoria, Sinpro-DF, chama de “descaso” do governo distrital em relação à Educação e ao cumprimento de compromissos assumidos com a categoria.

Nos últimos anos, ficou acertado o repasse, para os salários dos funcionários, do mesmo percentual de evolução do Fundo Constitucional transferido pela União ao Tesouro do Distrito Federal. O fundo custeia integralmente o orçamento na área de segurança pública e parcialmente as despesas das pastas de Educação e de Saúde. Em 2009 e 2010, as variações de 1,06% e de 11,14% no volume do fundo foram também convertidas reajustes salariais. Em 2011, a variação de 13,83% foi estendido aos salários em três parcelas. Para 2012, o índice deveria ser de 13,9%. Entretanto, o executivo não tocou no assunto do reajuste e tampouco na continuidade do processo de reestruturação da carreira.

Em reunião ontem (13) com os representantes dos professores, a Secretaria de Administração do DF pediu um novo prazo, até abril, para se pronunciar. Os profissionais informaram que o prazo para apresentação de propostas concretas foi sustentado por mais de 100 dias, desde o ano passado, e a categoria mantém a greve.

Na manifestação desta quarta, em Águas Claras, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) apoiou a mobilização. Segundo ela o Distrito Federal está pedindo uma educação diferente e por isso a luta dos professores por uma educação de qualidade “pulou o muro da escola” e está ganhando o apoio de toda a comunidade. A professora e ex-deputada Rejane Pitanga concordou, ao afirmar que não haverá desenvolvimento no DF sem investir na educação.

O ato público lembrou também a mobilização nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em defesa do investimento de 10% do PIB na Educação e pelo piso nacional, que contou com manifestações por todo o país. Estudantes e líderes do movimento estudantil participando da atividade.

Com informações do Sinpro-DF

 

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