São Paulo – Mesmo antes da divulgação dos primeiros editais para concessão de bolsas de estudo no exterior pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a procura por informações sobre o programa Ciência sem Fronteiras é considerada elevada. Foram 200 mil acessos em cinco dias, desde que a página foi ao ar.

O site traz alguns detalhes sobre a forma como serão concedidas até 75 mil bolsas de estudo nos próximos quatro anos. A informação preliminar é de que o principal critério de seleção para os alunos de graduação seja a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Concorrências internas das unidades devem ser aplicadas para estudantes de graduação, ainda segundo a página do programa. Estão previstos editais e chamadas públicas para os interessados em cursar parte da pós-graduação em universidades de outros países.

Além do CNPq, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e outras agências de fomento federais e estaduais estão envolvidas na operação, que deve demandar R$ 3,1 bilhões até 2014. Ainda não foram apresentados os pormenores das 20 áreas consideradas estratégicas pelo país para a concessão das bolsas.

O objetivo do programa é permitir o intercâmbio de estudantes brasileiros no exterior e atrair pesquisadores de outros países para se radicarem em universidades nacionais. O Ministério de Ciência e Tecnologia almeja ainda atrair cientistas brasileiros que vivem no exterior – no processo de migração chamado de “fuga de cérebros”.

Além das 75 mil bolsas financiadas diretamente pelo setor público, outras 25 mil seriam bancadas pela iniciativa privada, a partir de estímulos oferecidos pelo governo federal. As bolsas devem ser oferecidas para graduação e doutorado sanduíche (parte do curso é feita no exterior, mas o início e a conclusão ocorrem no Brasil), além de doutorado e pós-doutorado pleno. Há ainda vagas de estágio fora do país.

Com informações da Agência Brasil