Haddad nega que nova prova prejudicaria a isonomia entre os candidatos

(Foto: Renato Araújo/Agência Brasil/Arquivo) São Paulo – O ministro da  Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (8) que a aplicação de uma nova prova apenas para estudantes prejudicados pelos erros […]

(Foto: Renato Araújo/Agência Brasil/Arquivo)

São Paulo – O ministro da  Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (8) que a aplicação de uma nova prova apenas para estudantes prejudicados pelos erros da prova amarela do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não comprometeria a isonomia entre inscritos. A declaração foi feita em entrevista coletiva no início da noite.

Na tarde desta segunda, a Justiça Federal do Ceará concedeu liminar a pedido do Ministério Público Federal (MPF) que cancela a prova. Se mantida a decisão, ela teria valor para todo o país. O Ministério da Educação (MEC) promete recorrer.

Segundo o ministro, a vantagem do novo Enem é a possibilidade de realizar provas em dias distintos com versões que garantem o mesmo nível de dificuldade para os candidatos. Segundo ele, o exame é elaborado a partir da “Teoria de Resposta ao Item”, um mecanismo que permite a confecção de provas distintas para a aplicação, minimizando riscos de vazamento. “Isso já foi feito em 2009, com parte dos candidatos, que não puderam fazer as provas na data prevista por causa de inundações”, exemplificou.

Haddad avalia que a baixa abstenção do exame no domigo (7) corrobora a ideia de que o prejuízo foi restrito. Para ele, o fato de os alunos comparecerem na prova mesmo depois do problema (ocorrido no sábado, 7) e das notícias na imprensa nada “dramático” ocorreu. As primeiras informações já indicavam a possibilidade de anulação da prova.

O MEC promete explicar à juíza federal o mecanismo que garante a isonomia na dificuldade das provas e, se a decisão não foi revista, o ministério irá recorrer da decisão em instâncias superiores. Para o ministro não há motivos para refazer as todas as provas de sábado por conta do fato do MEC ter recebido poucos relatos de casos de necessidade de substituição de provas. “Há poucos relatos, esparsos pelo país, e um relato mais concentrado em uma escola em Sergipe”, afirmou.

Haddad afirmou considerar que os problemas foram “limitados” e que o MEC manterá a defesa de realização de nova prova apenas para os estudantes que fizeram a prova amarela e que não trocaram por cópias sem erro durante a realização das provas.


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