UNE e UBES defendem voto em Dilma por programas de educação do governo Lula

Presidentes das duas entidades estudantis confirmam voto em Dilma Roussef; manifestação em favor da educação de qualidade reafirma o apoio

São Paulo –  Duas das principais entidades estudantis do país anunciaram apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a  União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), em reuniões das respectivas diretorias adotaram a posição em função de comparação de políticas adotadas para a educação nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os estudantes consideram que o voto em Dilma representa uma opção voltada “para o futuro” e que as propostas da candidata são a oportunidade de aprofundar os avanços obtidos. O presidente da UNE, Augusto Chagas, explicou que a decisão apoiou-se em um projeto feito pela entidade, que expos uma plataforma de reivindicações do movimento estudantil aos candidatos que disputaram o primeiro turno.

No entanto, Chagas reiterou que, com o segundo turno, há uma divisão muito clara entre as políticas envolvidas. “O rumo é definitido em avanço ou retrocesso. A UNE decidiu se manifestar porque a característica principal do movimento estudantil no Brasil é sua disposição em participar dos debates e decisões nacionais”, explica o presidente da UNE.

Para o presidente da UNE, a decisão de opor-se ao candidato do PSDB decorre do entendimento de que José Serra (PSDB) representa a visão de um Brasil pequeno e sem oportunidades, e vê nos oito anos de FHC como um “verdadeiro desastre” para o país. Chagas explica que, no governo Lula,  a educação teve mais importância.

“Dilma está do lado do governo que mais criou universidades, vagas e oportunidades para os jovens brasileiros. Enquanto Serra está atrelado a um dos governos mais trágicos para a educação na história do Brasi”, 

O presidente da UBES, Yann Evanovick, lembra que a entidade no primeiro turno optou pela neutralidade para respeitar opiniões plurais entre os estudantes. Mas, diante do cenário de um segundo turno, a entidade decidiu optar pela candidatura que, na visão deles, representa mais avanço. “O país tem avançado e ajudado, também, pelas mobilizações dos movimentos sociais. No momento, declarar apoio à Dilma é apostar na continuação do avanço no Brasil em todos os setores”, concluiu Evanovick.

A UBES, em nota, afirma que fez-se necessário o posicionamento da entidade para combater a polarização das forças políticas mais conservadoras do país que, aliadas à mídia convencional, representam um retrocesso à democracia no Brasil. O texto é finalizado com a reivindicação de que o  próximo governo se comprometa em investir de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Para a UNE decisão foi tomada para “derrotar o retrocesso neoliberal”.

Ato de apoio

A UBE e a UNES realizaram, nesta sexta-feira (15), o ato “Educação, Juventude, Ciência e Tecnologia”. A manifestação, que reuniu trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e sindicatos, teve o propósito de garantir a  visibilidade dos projetos para uma educação de qualidade. O ato é um manifesto e pedido de voto para a candidata Dilma Roussef (PT).

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