Professores tentam barrar projeto discriminatório de Serra
Assembleia Legislativa de SP discute PLC 29/09 que vincula reajustes salariais de professores ao desempenho e limita em no máximo 20% da categoria para receber benefício
Publicado 20/10/2009 - 16h20
Professores de várias regiões do estado de São Paulo concentram-se nesta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para acompanhar as discussões que levarão à votação do projeto de lei complementar (PLC) 29/2009 de autoria do governo estadual que vincula reajustes salariais ao desempenho e restringe a um limite de 20% da categoria os que podem ser beneficiados a cada ano. O PLC tem sido alvo de críticas das entidades que representam a categoria.
No início da tarde, os docentes realizaram manifestações no estacionamento da Casa Legislativa paulista para pressionar os deputados estaduais a votarem contra o PLC.
Até às 20h, a sessão transcorreu tensa, ao ponto dos deputados da base de apoio do governador José Serra (PSDB) tentarem impedir o uso do painel da casa para apresentação de um filme sobre a situação de escolas estaduais, produzido pelo deputado Carlos Gianazzi (PSOL).
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O deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), em discurso, considerou que o PLC tem um “pecado de origem, insanável, porque é construído de cima para baixo, sem compartilhar com os professores uma decisão que vai influenciar a educação no estado”. Para ele, o PLC é só mais um capítulo do descaso do governo estadual com a educação.
Tropa de choque barra professores
De acordo com informações da Liderança do PT na Alesp, os professores que tentaram entrar na Assembleia para acompanhar a votação do PLC foram recepcionados pelos policiais da Tropa de Choque.
Os professores foram submetidos a uma constrangedora fiscalização antes de entrar na Assembleia. Obrigados a abrir a bolsa, tiveram que deixar até sanduíches, maçãs, água e refrigerante em uma caixa de papelão, na porta do prédio, informou em nota a liderança petista.
Atualizado às 20h