Alunos disputam rali com barcos movidos a energia solar

Competição pedagógica prova possibilidades de utilização da energia solar na navegação. Barcos vão percorrer 240 km em Paraty

Um dos 14 barcos movidos a energia solar que participam da competição (Foto: Divulgação/Coppe/UFRJ)

Um rali de barcos movidos à energia solar começou no domingo (18) e vai até este sábado (24), em Paraty (RJ), com 14 embarcações especialmente projetadas para  navegar com propulsão gerada pelo sol. Os alunos de graduação e pós-graduação e seus barcos devem percorrer 40 quilômetros por dia ao longo dos seis dias. No sábado, o vencedor do desafio de projetar um barco com sustentação marítima e propulsão solar será conhecido e mais uma utilização da energia solar poderá ser comprovada.

De acordo com o professor Átila Pantaleão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que organiza o “Desafio Solar Brasil”, a atividade serve para levar os alunos a pensarem de forma multidisciplinar e a exercitarem as possibilidades de aplicação da energia solar. “É uma atividade que exige conhecimento de diversas áreas: temos a questão verde envolvida, a necessidade de fazer um gerenciamento de energia melhor e de otimizar projetos”, avalia.

Alunos disputam rali com barcos movidos a energia solar (Foto: Coppe/Divulgação) Alunos disputam rali com barcos movidos a energia solar (Foto: Coppe/Divulgação)

Segundo Pantaleão, também é a oportunidade de popularizar energias alternativas como a energia solar. “Ela é uma importante forma de energia sustentável para condições especiais e lugares remotos, como telefone na estrada e um centro de pesquisa no meio da Amazônia, que são locais difíceis de levar energia eletrica”, explica.

O potencial brasileiro de energia solar é elevado, mas faltam pesquisas e investimentos, frisa o pesquisador. Em entrevista à Rede Brasil Atual, ele relata que, em Portugal, o aproveitamento da energia solar é incomparavelmente maior, apesar de o país ter potencial muito menor que o Brasil. “Em Portugal, toda casa tem um coletor solar”, afirma. “O custo da ignorância é alto. Promover a cultura da fonte alternativa é um elemento de democratização e civilidade”, aponta.