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Salário mínimo deve ter ganho real em 2023, afirma senador Wellington Dias

Recuperação do valor do benefício acima da inflação deve ser de 1,3% ou 1,4%, segundo senador que nesta quinta se reúne com o relator do orçamento do governo federal no Congresso

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Wellington Dias: compromisso, já do primeiro ano, é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos

São Paulo – O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), indicado por Lula para acompanhar as questões do Orçamento, disse que a previsão da gestão petista é de um ganho real, acima da inflação, de 1,3% ou 1,4% no salário mínimo em 2023.

O parlamentar anunciou, em entrevista à GloboNews, que nesta quinta-feira (3) vai se reunir com o relator do Orçamento de 2023 no Congresso, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), para começar a alinhar um plano estratégico com ações a curto, médio e longo prazo. Também participará da agenda o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

A equipe terá que buscar soluções junto ao Congresso já que algumas propostas defendidas pelo presidente eleito, atualmente, não estão previstas no projeto orçamentário enviado pelo governo Jair Bolsonaro (PL).

Dias falou em questões emergenciais ao Orçamento, momento em que anunciou compromisso com o reajuste salarial já no primeiro ano do governo.

“Garantir o reajuste do salário mínimo, que já tem uma previsibilidade pela inflação, mas o compromisso, já do primeiro ano, é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos. Como houve queda [do PIB], como houve momentos mais elevados, momentos baixos, provavelmente, vai ficar aí em um patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real neste primeiro ano. Mas precisa constar do Orçamento”, afirmou.

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A manutenção do Auxílio Brasil também entrou na ordem de prioridades. “O objetivo é garantir a continuidade do Auxílio Brasil. Então, os R$ 600 seguem em condições de pagamento, a partir de 1º de janeiro, não haverá descontinuidade, o que preciso? É uma PEC? A necessidade de constar no Orçamento? É isso que nós vamos garantir”, explicou o senador.

Outros temas como farmácia popular, orçamento das universidades, direcionado à merenda escolar, obras inacabadas também devem ser discutidos conforme enunciou o senador.


Com informações da Carta Capital