São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embarcou na noite desta segunda-feira (8) para o Japão. Ele participa como convidado da reunião do G7. É o primeiro ministro da Fazenda brasileiro a participar do encontro, que reúne ministros da área representando as sete maiores economias do mundo. O grupo ocidental é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá. A China, segunda maior economia do planeta, atrás dos EUA, não é membro.

Haddad só deve desembarcar no Japão na quarta-feira à tarde. Terá encontros com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, para discutir a reforma do Banco Mundial, e com o economista Joseph Stiglitz, com o qual deverá conversar sobre a chamada política industrial verde e outros temas.

Na “Terra do Sol Nascente” ele também terá reunião com o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki. Com a homóloga da Índia, Nirmala Sitharaman, Haddad deverá trocar informações sobre o G20, cuja presidência está hoje com os indianos e irá para o Brasil em 2024. O grupo é formado pelas 19 maiores economias do mundo e União Europeia.

Segundo o Ministério da Fazenda, “o Brasil tem a tarefa de defender a importância do G20, considerando o papel que o país desempenha por ser o próximo a presidir o bloco”.

As sessões oficiais do G7 começam na próxima sexta-feira (12).  A primeira mesa, que contará também com a presença de Joseph Stiglitz, vai abordar o futuro do Estado de bem-estar social. A segunda sessão discutirá a macroeconomia de países emergentes e a terceira, o desafio do financiamento, sobretudo na área de infraestrutura. 

O ministro retorna ao Brasil no sábado (13) e seu desembarque em Guarulhos está previsto para domingo (14).

Depois de Haddad, Lula irá a Hiroshima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá à cúpula do G7, que por sua vez ocorrerá nos dias 20 e 21 de maio, em Hiroshima. O primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, convidou o  brasileiro no mês passado.

O Brasil foi convidado a participar da cúpula do G7 em 2003 a 2009, nos dois mandatos de Lula, e é convidado pela primeira vez desde então. Em 2009, o mundo atravessava uma crise global, desencadeada pela quebra do banco Lehman Brothers, nos EUA, no ano anterior.

Participarão do evento este ano, além do presidente brasileiro, líderes da Austrália, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Vietnã, Comores e Ilhas Cook.

A viagem de Haddad se dá logo após a indicação dele, apoiada por Lula, do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). A confirmação foi feita nesta segunda-feira (8) pelo próprio Haddad. Para a diretoria de Fiscalização, foi indicado Ailton Aquino dos Santos, servidor de carreira.

Ambos terão de passar por sabatina no Senado, mas não são esperadas surpresas. “Estamos procurando entrosamento”, disse Haddad aos jornalistas sobre a relação entre a Fazenda e o BC, ao anunciar os nomes.

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