História antiga

TCU libera privatização do Aeroporto de Congonhas e mais 14 terminais

Ministério da Infraestrutura quer fazer o certame da “7ª rodada de aeroportos” na primeira ou segunda semana de agosto em agosto

Rovena Rosa/ABr
Rovena Rosa/ABr
Aeroporto começou a funcionar em 1934 e virou "point" turístico nos anos 60

São Paulo – O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou, nesta quarta-feira (1º), o leilão da “7ª rodada de aeroportos”. Passarão ao controle privado 15 terminais. O principal deles é o Aeroporto de Congonhas (SP) e Campo de Marte, em São Paulo, também está na lista. O Ministério da Infraestrutura quer fazer o certame na primeira ou segunda semana de agosto. O leilão será dividido em três blocos, com previsão de atrair R$ 7,3 bilhões em investimentos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) havia autorizado esse lote de concessões aeroportuárias em dezembro de 2021. O Bloco SP/MS/PA/MG tem também por outros 10 terminais: Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã (MS): Santarém, Marabá, Carajás e Altamira (PA); Uberlândia, Uberaba e Montes Claros (MG). Os outros blocos são compostos pelos aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), de aviação geral, e pelos terminais de Belém e Macapá.

História

O Aeroporto de Congonhas foi construído para substituir o então saturado Campo de Marte. Começou a funcionar provisoriamente em 1934, após uma enchente, o que era comum, que levou ao fechamento do então campo de pouso titular por quatro meses.

O nome do aeroporto situado na região Sul da cidade de São Paulo é uma homenagem ao Visconde de Congonhas do Campo, Lucas Antônio Monteiro de Barros (1823-1851), primeiro governante da Província de São Paulo após a Independência do Brasil (1822).

Em seu número de maio de 1955, a revista Manchete registrou que o movimento do aeroporto “passou de 68 mil pessoas em 1943 para 1 milhão e 20 mil, em 1954”. Em 1957, Congonhas ocupava o terceiro lugar entre os maiores aeroportos do mundo em volume de carga aérea, ficando atrás apenas dos de Londres e Paris, segundo o site São Paulo in Foco.

Nos anos 1960, além de terminal de passageiros e carga, o Aeroporto de Congonhas se transformou em um “point” turístico. Tomar café no terminal “era um programa para os descolados”, como diz matéria do Senado Federal. Na década de 60, o aeroporto inaugurou a primeira máquina de café espresso do país. Famílias inteiras iam ao primeiro andar assistir aos aviões decolarem e aterrissarem nas pistas próximas.