ABC paulista

Mercedes-Benz vai contratar mais 350 temporários para a fábrica de São Bernardo

Acordo com Sindicato dos Metalúrgicos do ABC também garantiu reajuste pela inflação (12,47%), PLR e vale-alimentação maior

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Fábrica tem 8 mil funcionários. Seis mil estão nas áreas de produção

São Paulo – A Mercedes-Benz irá contratar mais 350 trabalhadores temporários para a fábrica de São Bernardo, entre o final deste mês e início do próximo. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante assembleia realizada na manhã desta quinta (12). Acordo assinado ainda em 2020 garante também reajuste pela inflação, pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR) e aumento do vale-alimentação.

“Apesar de um cenário econômico e político difícil, conseguimos garantir poder de compra para os trabalhadores com o reajuste nos salários. Também foi possível conquistar mais contratações mesmo em um momento de índices recordes de desemprego no nosso país”, afirmou o diretor executivo do sindicato Aroaldo Oliveira da Silva. Funcionário da Mercedes, ele também preside a IndustriALL Brasil.

“Estávamos cobrando da fábrica por mais mão de obra e discutindo a realidade dos setores. Há uma antecipação de compra e aumento da demanda no mercado de caminhões devido à mudança da legislação ambiental no próximo ano. Ainda vemos a necessidade de mais contratações”, acrescentou Aroaldo. Recentemente, a montadora estendeu a contratação de outros 300 trabalhadores, na produção de caminhões e ônibus.

Reajuste pelo INPC

Os aproximadamente 9 mil funcionários da Mercedes-Benz (6 mil na produção) terão reajuste pelo INPC integral, que está acumulado em 12,47%. O vale-alimentação, que a princípio não teria mudança, também será corrigido por esse índice. “É uma grande vitória para os trabalhadores. Com a carestia, este é um aumento real no bolso dos companheiros”, comentou o coordenador da representação, Sandro Vitoriano.

A falta de semicondutores, que já causou interrupção da produção na própria Mercedes e em outras empresas, continua sendo uma preocupação. “Mesmo com a produção alta ainda sofremos com a falta de peças, por isso estamos acompanhando o programa de produção que a empresa espera atingir até dezembro”, disse Aroaldo.

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