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Efeito Brumadinho: IBGE revisa para baixo resultado do PIB de 2019, com alta de apenas 1,2%

Tragédia ocorrida em janeiro daquele ano influenciou atividade, mas economia brasileira já vinha patinando

Corpo de Bombeiros MG
Corpo de Bombeiros MG
Quase 300 pessoas morreram em janeiro de 2019: tragédia humana e ambiental

São Paulo – O IBGE revisou para baixo, de 1,4% para 1,2%, a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, segundo informe divulgado nesta sexta-feira (5). Isso aconteceu, principalmente, com a “incorporação de novos dados sobre o impacto econômico do rompimento da barragem de Brumadinho”, diz o instituto, citando a tragédia ocorrida em 25 de janeiro, com quase 300 mortos. Assim, a queda do setor de indústria extrativa mineral foi de -0,9% para -9,1%.

Apesar de ser a terceira taxa positiva seguida, o PIB segue exibindo resultados fracos, depois de 1,3% em 2017 e 1,8% em 2018. “Essas altas foram insuficientes para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016 (6,7%)”, lembra o IBGE. Os valores correntes somaram R$ 7,389 trilhões em 2019, o que corresponde a um PIB per capita de R$ 35.161,70. No ano passado, a economia brasileira caiu 4,1%, pior resultado da série.

Responsável por dois terços da economia, o setor de serviços cresceu 1,5% em 2019, em volume. A agropecuária teve variação de 0,4%, enquanto a indústria caiu 9,1%. O comércio subiu 1,6%.

Segundo os dados do IBGE, o consumo das famílias aumentou 2,6%. Essa atividade responde por 63,7% do PIB. O valor de consumo per capita mensal foi calculado em R$ 1.865,97. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador de investimento, cresceu 4%, na segunda alta seguida.

A taxa de investimento (relação FBCF/PIB) atingiu 15,5%, o nível de 2016. No melhor momento da economia em uma década, em 2010, chegou a superar 20%. Naquele ano, o PIB cresceu 7,5%.

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