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Com ‘inflação persistente’, Copom faz nova alta e leva taxa de juros ao nível de 2019

BC também considera riscos da variante Delta da covid-19. E já prevê novo aumento daqui a 45 dias

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São Paulo – A taxa básica de juros, a Selic, foi elevada pela quarta vez consecutiva, em decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira (4). O aumento foi expressivo, de 1 ponto percentual. Agora, a taxa chegou a 5,25% ao ano, voltando ao nível de dois anos atrás.

“A inflação ao consumidor continua se revelando persistente”, diz o Comitê do Banco Central. “Os últimos indicadores divulgados mostram composição mais desfavorável”, acrescenta, na nota divulgada logo depois da 240ª reunião do Copom. Ao mesmo tempo, o BC espera “recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre”.

Já no cenário externo, o colegiado considera que a nova variante (Delta) da covid-19 “adiciona risco à recuperação da economia global”. Com isso, ainda há “risco relevante” de aumento da inflação nas principais economias do mundo.

Novo aumento à vista

Além disso, o Comitê já considera a possibilidade de nova elevação da taxa básica de juros, “da mesma magnitude”, daqui a 45 dias. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.”

A atual gestão do Copom iniciou o governo com Selic a 6,50%, em 2019. As reduções levaram a taxa básica a 2%. Desde março último, a Selic voltou a subir, enquanto a inflação oficial (IPCA) também aumentou.

Em nota assinada pelo presidente da entidade, Miguel Torres, a Força Sindical considera “um equívoco econômico” a decisão do Copom. “O Banco Central perdeu uma ótima oportunidade que poderia funcionar como um estímulo para a criação de empregos, a produção e o consumo.” Assim, houve uma “desnecessária alta” dos juros, em meio a uma crise “dolorosa para os trabalhadores”.


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