Em 2020

Vendas de carros e roupas despencaram. Eletrodomésticos e supermercados têm alta

Varejo teve leve alta (1,2%) no ano passado, com comportamento diferente entre os setores. Dezembro foi o pior em 20 anos

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA
Setores tiveram altos e baixos no ano da pandemia

São Paulo – Em ritmo bem menor, as vendas no comércio varejista brasileiro fecharam com resultado positivo, uma leve alta de 1,2% em 2020, segundo o IBGE. Foi o quarto ano seguido de crescimento. Os dados divulgados nesta quarta-feira (10) mostram que o comportamento variou bastante conforme o setor.

O volume de vendas em super e hipermercados, por exemplo, subiu 6% no ano passado. Móveis (11,9%) e eletrodomésticos (10%) também registraram aumento. O mesmo aconteceu com produtos farmacêuticos e médicos (8,3%). No chamado varejo ampliado, material de construção cresceu 10,8% em 2020.

Do lado das quedas, o segmento que inclui tecidos, vestuário e calçados despencou, com redução de 22,7%. Outra retração significativa foi da atividade de veículos e peças, que também faz parte do varejo ampliado: -13,7%. Ainda nessa área, as vendas de combustíveis e lubrificantes caíram 9,7%, de acordo com a pesquisa do IBGE. O pior resultado percentual foi de livros, jornais/revistas e papelaria, com retração de 30,6%.

De novembro para dezembro, o volume de vendas caiu 6,1%, a queda mais intensa para o mês desde o início da série histórica, em 2000. O ampliado recuou 3,7%. “Com o recuo de dezembro, as vendas do varejo se igualaram ao patamar de fevereiro, período pré-pandemia”, diz o IBGE.