Em 2020, agricultura e construção seguraram emprego em São Paulo
Segundo a Fundação Seade, acordos de redução de jornada/salário e suspensão de contrato ajudaram a manter o nível de emprego
Publicado 07/02/2021 - 11h46
São Paulo – O emprego com carteira assinada praticamente não se alterou no estado de São Paulo no ano passado. Em 2020, foram 1.159 vagas com carteira a menos em relação ao ano anterior (-0,3%). No Brasil, também houve estabilidade: 143 mil postos de trabalho formais (0,4%). Analisados pela Fundação Seade, ligada ao governo paulista, os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Segundo o Seade, a agricultura (46.475 vagas) e a construção civil (30.840) compensaram em parte a perda de postos de trabalho em outros setores. Os serviços eliminaram 41.687 empregos com carteira e o comércio, 29.306. Já a indústria fechou 7.481 postos de trabalho formais.
Redução de salário
De acordo com a Fundação Seade, essa estabilidade está ligada ao chamado Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, criado durante a pandemia. Os acordos atingiram 3,2 milhões de trabalhadores, entre suspensão do contrato e redução da jornada e do salário. Entre as áreas do estado, a maior redução do nível de emprego foi registrada no município de São Paulo: menos 15.438 vagas no ano passado. Houve redução também nas regiões de São José dos Campos (-10 mil) e Santos (-9 mil). O principal resultado positivo foi apurado na região de Bauru (7.503), seguida de São José do Rio Preto (5 mil).
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