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Campanha defende retomada de obras públicas para país voltar a crescer

Atualmente, o país tem cerca de 14 mil projetos inacabados. Essas estruturas, segundo a Federação Nacional dos Engenheiros, poderiam servir para reativar a economia

Pref. Municipal de Bagé
Pref. Municipal de Bagé
Obras de saneamento: setor com potencial de criação de empregos para aumentar o alcance do serviço no país

São Paulo – Com o desemprego que atinge mais de 14 milhões de brasileiros e milhares de obras públicas paradas no país, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) lançou nesta quarta-feira (21) uma campanha em defesa da retomada de obras para que o país volte a crescer. A campanha é chamada ‘Cresce Brasil, mais engenharia, mais desenvolvimento’.

Reportagem de André Gianocari no Seu Jornal, da TVT, mostra o lançamento da campanha. As obras públicas paradas estão por toda parte nas cidades brasileiras. Atualmente, o país tem cerca de 14 mil projetos inacabados. Essas estruturas, segundo a federação, poderiam servir para reativar a economia. A campanha lançada pela FNE visa a concluir os empreendimentos públicos interrompidos.

“O custo de uma obra parada é muito grande”, afirma o representante da FNE. O financiamento para essas obras viria do setor público, mas também pode haver parcerias com a iniciativa privada. A princípio, as áreas de habitação e infraestrutura, como saneamento básico, teriam prioridade. “O que nós estamos propondo é que sejam analisadas algumas obras para que tenham continuidade.”

Investimento estratégico

A retomada de obras públicas também é defendida pelo Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas). “Investir em obras públicas é estratégico para o desenvolvimento de qualquer economia”, avalia o secretário executivo da entidade, Edson Aparecido da Silva. “No caso do saneamento básico, o Brasil viveu um único boom de investimentos, que foi a partir de 2003. Com o descontingenciamento de recursos e depois com a instituição dos programas PAC 1 e PAC 2 nos governos Lula e Dilma. No período, foram investidos quase R$ 180 bilhões. 

O setor de saneamento tem potencial para geração de empregos. O país tem 35 milhões de pessoas sem acesso a água tratada. Já o esgoto tratado não existe para 114 milhões de habitantes. Além disso, mais de 35% da água produzida se perde na distribuição. São números que motivaram o lançamento da campanha pela retomada de obras públicas.

Confira a reportagem do Seu Jornal: