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Vendas no comércio sobem em julho, mas movimento em 2020 ainda é negativo

Empresas do setor apontam redução do impacto causado pelo isolamento

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA
Supermercados venderam mais de janeiro a julho. Vestuário cai

São Paulo – As vendas no comércio varejista cresceram 5,2% de junho para julho e 5,5% sobre igual mês de 2019, segundo o IBGE. Apesar da sequência de três resultados mensais positivos, no ano o movimento ainda é negativo (-1,8%). Em 12 meses, fica praticamente estável (0,2%).

Já no varejo ampliado (veículos, motos, partes e peças e material de construção), o volume de vendas cresceu 7,2% em julho. Na comparação com igual mês de 2019, subiu 1,6%, após quatro meses negativos. Cai 6,2% no ano e 1,9% em 12 meses.

“Pelo terceiro mês consecutivo, os resultados mostraram menor impacto no comércio do isolamento social devido à pandemia”, informa o IBGE. Segundo o instituto, 8,1% das empresas relataram impacto na receita em julho, 4,1 pontos percentuais abaixo do mês anterior e 20 pontos menos do que em abril.

Mês melhor, ano ruim

No mês, o IBGE registrou alta em sete das oito atividades pesquisadas. O grupo que inclui livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 26,1%, enquanto o de tecidos, vestuário e calçados teve expansão de 25,2%. A única atividade sem crescimento foi a de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. No ampliado, veículos/motos subiu 13.2% e material de construção, 6,7%. Nos dois casos, variações bem menos intensas do que em junho.

Mas no acumulado do ano o comportamento é diferente. O segmento de hiper e supermercados tem crescimento de 6%, enquanto tecidos/vestuário despenca (-37,6%). Móveis/eletrodomésticos sobe 2,7% e combustíveis/lubrificantes cai 12,1%. A atividade de veículos/motos tem queda considerável (-21,7%). Material de construção registra alta de 1,9%.