No chão

Produção industrial tem alta em julho, mas no ano e em 12 meses queda é generalizada

Setor automobilístico mostra reação, mas comparação com 2019 é negativa

Agência CNI
Agência CNI
Em julho, montadoras novamente elevaram a produção, no terceiro mês de alta. Mas tombo no ano ainda supera os 40%

São Paulo – A produção industrial brasileira cresceu 8% de junho para julho, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (3) pelo IBGE. Mas o instituto lembra que o resultado ainda é insuficiente para eliminar a perda que chegou a 27% apenas entre março e abril. Na comparação com julho de 2019, a atividade cai 3% – é a nona retração seguida nessa base de comparação.

Assim, no acumulado do ano, a produção tem queda de 9,6%. Em 12 meses, cai 5,7%, “marcando o recuo mais intenso desde dezembro de 2016 (-6,4%) e acelerando a perda frente aos meses anteriores”, diz o IBGE.

No mês, a atividade avançou nas quatro categorias e em 25 dos 26 ramos pesquisados. Destaque para o segmento que inclui veículos automotores, com alta de 43,9% sobre junho. “O setor acumulou expansão de 761,3% em três meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim se encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro”, informa o IBGE.

Já na comparação com julho do ano passado, o instituto registra resultado negativo em três das quatro categorias econômicas, 11 dos 26 ramos, 49 dos 79 grupos e 56,6% dos 805 produtos pesquisados. A principal influência negativa foi justamente de veículos automotores (-34,7%).

Além desse setor, tiveram quedas expressivas segmentos como confecção de artigos do vestuário e acessórios (-34,6%), metalurgia (-11,2%), couro, artigos para viagem e calçados (-33,4%), e máquinas e equipamentos (-10%). Entre as altas, destaque para produtos alimentícios (9,4%), Bebidas (16,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%).

No acumulado do ano, queda generalizada: nas quatro categorias, em 20 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 74% dos 805 produtos. Também nesse caso, o IBGE ressalta a influência de veículos automotores (-42,1%). Metalurgia cai 15,1% e máquinas e equipamentos, 15,7%.

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