São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,25% no mês passado, ante 0,21% em janeiro, mas registrou o menor resultado para fevereiro desde 2000, segundo o IBGE, que divulgou os resultados nesta quarta-feira (11). Agora, o indicador oficial de inflação no país acumula 0,46% no ano e 4,01% em 12 meses.

Custos relacionados à educação exerceram a principal pressão no segundo mês de 2020. Preços de itens como carne, combustível e energia elétrica caíram, enquanto o gás encanado teve aumento.

De acordo com o IBGE, o maior impacto de fevereiro foi do grupo Educação, que subiu 3,70%: 0,23 ponto percentual. Os cursos regulares tiveram alta de 4,42% e corresponderam a 0,20 ponto, quase todo o resultado do mês. Os cursos diversos também aumentaram (2,67%).

O grupo Alimentação e Bebidas subiu, mas de forma bem menos intensa do que em janeiro (0,11%, ante 0,39%). O preço do item carnes recuou pelo segundo mês seguido, agora variando -3,53%, em média, com impacto de -0,09 ponto no índice geral. O tomate aumentou 18,86% e a cenoura, 19,83%. Comer fora de casa subiu 0,22%, sendo 0,35% para a refeição e 0,02% no caso do lanche.

Energia cai, gás sobe

Depois de subir 0,55% em janeiro, Habitação caiu 0,39%, com queda de 1,71% no item energia elétrica – impacto de -0,08 ponto. O gás encanado subiu 0,18%, com reajustes no Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, enquanto a taxa de água e esgoto teve pequena variação (0,03%).

O grupo Transporte também teve deflação (-0,23%). Segundo o IBGE, caíram preços da gasolina (-0,72%) e das passagens aéreas (-6,85%). Mas aumentaram os ônibus urbanos (0,36%) e intermunicipais (1,95%), além dos trens (0,87%) e do metrô (0,55%).

Saúde e Cuidados Pessoais subiu 0,73%, com aumentos em itens de higiene pessoal e queda em produtos farmacêuticos. E o grupo Vestuário caiu 0,73%, com preços menores nas roupas femininas, masculinas e infantis, além de calçados e acessórios. O preço médio de joias e bijuterias aumentou.

Entre as áreas pesquisadas, o IBGE apurou deflação (-0,02%) na região metropolitana do Rio de Janeiro, principalmente pela queda no preço das carnes. A maior alta foi na região metropolitana de Fortaleza (0,80%), com alta nos cursos. Em São Paulo, o IPCA variou 0,23%. No acumulado em 12 meses, o índice vai de 3,04% (Rio Branco) a 5,25% (Fortaleza), somando 4,33%  na Grande São Paulo.