Altos e baixos

Aluguel, gás e transporte aumentam, mas preços de alimentos sobem menos e seguram inflação

Taxa do IPCA em janeiro foi de 0,21%, segundo o IBGE, que tem nova base de dados para calcular o índice. Em 12 meses, soma 4,19%

Rovena Rosa/Agência Brasil
Rovena Rosa/Agência Brasil
Tarifas de transporte coletivo, como trem e ônibus, pesaram mais no bolso em janeiro

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,21% no primeiro mês do ano, abaixo de dezembro (1,15%) e de janeiro de 2019 (0,32%), informou o IBGE nesta sexta-feira (7). Segundo o instituto, foi o menor resultado para janeiro desde o Plano Real. Em 12 meses, a taxa oficial de inflação no país está acumulada em 4,19%.

Esta foi a primeira divulgação do IPCA com nova base de dados – o índice é calculado a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que foi atualizada. Custos com aluguel e gás subiram, enquanto os preços de alimentos aumentaram menos neste início de 2020. De acordo com o instituto, o condomínio aumentou 1,39% em janeiro e o aluguel residencial, 0,61%. O gás encanado teve alta média de 0,64% e o de botijão, de 0,87%, com reajuste pela Petrobras em dezembro. A tarifa de energia elétrica subiu 0,16%, com variações regionais: foi de queda de 4,77% em Rio Branco até alta de 3,41% em Goiânia.

O grupo Alimentação e Bebidas foi de 3,38%, em dezembro, para 0,39%. Contribuiu para esse resultado o item carnes, que havia subido 18,06% no mês anterior e em janeiro caiu 4,03% – foi o principal impacto negativo do mês (-0,11 ponto). A alimentação no domicílio variou 0,20% (4,69% em dezembro), com altas do tomate (13,72%) e da batata inglesa (11,02%), entre outros itens. Já a alimentação fora do domicílio subiu menos, de 1,04% para 0,82%.

Em Transportes, a variação foi de 0,32%, com aumento médio de 0,89% da gasolina – 0,05 ponto. O etanol subiu 2,59%. Ambos os produtos tiveram altas menores neste mês. O preço médio das passagens aéreas, que havia registrado aumento de 15,62% em dezembro, agora caiu 6,75%. Os ônibus intermunicipais aumentaram 1,18%, com reajustes em Belo Horizonte e São Paulo, enquanto o táxi variou 0,40%. Em relação aos ônibus urbanos, a alta foi de 0,78%, com aumentos em Brasília, Campo Grande, São Paulo e Vitória. O metrô também subiu, 1,74%, depois de reajustes de tarifa em Brasília e São Paulo, onde também houve aumento no trem (1,31%).

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve deflação (-0,32%), mas itens importantes tiveram alta, casos dos planos de saúde (0,60%) e dos produtos farmacêuticos (0,33%).

Entre as áreas pesquisadas, o menor resultado do mês foi apurado no município de Rio Branco (-0,21%), com queda no preço da energia. Já a região metropolitana de Belém e o município de Aracaju registraram as principais altas, ambas de 0,39%. No Pará, pelos aumentos do açaí e da refeição, e na capital sergipana, principalmente, com elevação do preço da gasolina e do tomate.

O IPCA é calculado em 10 regiões metropolitanas e nos municípios de Aracaju, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís, além de Brasília. Refere-se a família com rendimento de até 40 salários mínimos.

INPC

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,19%, bem abaixo de dezembro (1,22%) e também no menor  resultado para janeiro no Plano Real. Em 12 meses, está acumulado em 4,30%.

Segundo o IBGE, os produtos alimentícios passaram de 3,66% para 0,45%. Os não alimentícios variaram menos: de 0,17%, no mês anterior, para 0,12%.

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