No bolso e no prato

Alta da carne eleva inflação, que é a maior para novembro em quatro anos

IPCA, índice oficial, somou 0,51%, e apenas um item foi responsável por mais de 40% do resultado. Energia elétrica também aumentou

Item carnes contribuiu com 0,22 ponto percentual para o resultado, mais de 40% do índice geral

São Paulo – O aumento generalizado do preço da carne chegou ao indicador oficial de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que com 0,51% teve a maior variação para novembro em quatro anos, segundo o IBGE, que divulgou o resultado nesta sexta-feira (6). Com alta média de 8,09% no mês passado, o item carnes contribuiu com 0,22 ponto percentual para o resultado, mais de 40% do índice geral. O IPCA está acumulado em 3,12% no ano e atinge 3,27% em 12 meses.

Com o impacto do produto, o grupo Alimentação e Bebidas foi de 0,05%, em outubro, para 0,72%, com impacto de 0,18 ponto no mês. A alimentação no domicílio passou de -0,03% para 1,01%. Entre os itens que caíram de preço, o IBGE destaca batata inglesa (-14,27%), tomate (-12,71%) e cebola (-12,48%).

Dos nove grupos que compõem o IPCA, sete tiveram alta em novembro. A maior foi de Despesas Pessoais, que subiu 1,24%, por causa dos reajustes em casas de apostas, levando o item jogo de azar a subir 24,35%.

Outro destaque foi do grupo Habitação, que passou de -0,61% para 0,71%, contribuindo com 0,11 ponto. O instituto cita o aumento da energia elétrica (2,15%), pela mudança de bandeira tarifária. Mesmo assim, houve redução da tarifa em quatro das 16 regiões pesquisadas. Ainda nesse grupo, a taxa de água e esgoto subiu 0,24% e o gás encanado caiu 0,26%, enquanto o gás de botijão teve aumento de 0,87%.

Em Transporte (0,30%), os preços dos combustíveis subiram menos do que em outubro: 1,38%, em média. A gasolina foi de 1,28% para 0,42%. Já o etanol aumentou 2,46%. Também aumentaram os preços das passagens aéreas (4,35%).

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que subiu 0,21%, menos do que no mês anterior, itens de higiene pessoal tiveram queda de 0,12%, após subir 0,94% em outubro. Os preços dos produtos farmacêuticos ficaram estáveis e os planos de saúde aumentaram 0,59%, respondendo por 0,03 ponto.

Entre as áreas pesquisadas, a maior variação foi do município de São Luís (1,05%) e a menor, da região metropolitana de Recife e do município de Aracaju (0,14%). O IPCA passou de 0,14% para 0,70% na Grande São Paulo e de 0,27% para 0,17% na região metropolitana do Rio de Janeiro.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,54%, ante 0,04% em outubro, também no maior resultado para novembro desde 2015. A variação está acumulada em 3,22% no ano e 3,37% em 12 meses.

Os produtos alimentícios subiram 0,78% (0,02% em outubro). Os não alimentícios passaram de 0,05% para 0,44%.