Injusto

Fundação Seade: desigualdade racial é marcante no mercado de trabalho em São Paulo

Proporção de negros é maior entre os desempregados e os subocupados

Reprodução/CUT.ORG.BR
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Globalmente as mulheres continuam sendo remuneradas 16% menos que os homens, em média: “Em tempos de crise como esse, as mulheres geralmente enfrentam a opção injusta de desistir do trabalho remunerado para cuidar de crianças em casa”, lembra a ONU Mulheres

São Paulo – “A desigualdade racial é marcante no mercado de trabalho paulista, fato que também se observa no âmbito nacional”, diz a Fundação Seade, que divulgou estudo às vésperas do Dia da Consciência Negra, que se celebra nesta quarta-feira (20). Segundo a entidade vinculada ao governo estadual, o desemprego e a subocupação são mais intensos entre a população negra.

Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, há uma maior proporção de desempregados negros. No interior, de subocupados. O levantamento também mostra maior proporção de negros em ocupações não formais. No caso dos trabalhadores com nível superior, eles recebem menos promoções profissionais.

Em 2017/2018, a taxa de desemprego entre os negros no estado de São Paulo era de 15,3%, ante 10,8% dos não negros. Apenas na região metropolitana, chega a 16,3%, ante 12,2%. No estado sem região metropolitana, essas taxas eram de 14,1% e 9,7%, respectivamente. “Vale ressaltar que as piores situações no mercado de trabalho referem-se às mulheres, em especial as negras, e aos jovens”, lembra o Seade, que usa dados próprios e do IBGE.

De 2012/2013 para 2017/2018, o total de negros ocupados no estado cresceu 16,5%. Já o de desempregados aumentou 126,5% e o de subocupados, 69,3%.

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