Sobe e desce

Preço da cesta básica oscila, com aumento em nove capitais e queda em oito

Segundo o Dieese, salário mínimo necessário para as despesas básicas deveria ser de R$ 3.978,63, praticamente quatro vezes o valor oficial

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Segundo o Dieese, a cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 473,59) e a de menor valor, de Aracaju (R$ 325,01)

São Paulo –Em outubro, o valor da cesta básica aumentou em nove capitais brasileiras e caiu em oito, segundo pesquisa do Dieese. O instituto registrou tendência de queda de produtos como batata e manteiga, enquanto óleo de soja, carne bovina de primeira e farinha de trigo tiveram alta na maioria das cidades.

De acordo com o levantamento divulgado hoje (6), os principais aumentos foram apurados na região Centro-Oeste: Brasília (5,21%), Campo Grande (3,10%) e Goiânia (1,12%). E as quedas mais expressivas ocorreram em capitais nordestinas: Natal (-3,03%) e João Pessoa (-2,34%).

São Paulo teve a cesta mais cara (R$ 473,59), enquanto o menor valor foi o de Aracaju (R$ 325,01). Com base na primeira, o Dieese calculou em R$ 3.978,63 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de um trabalhador e sua família. Esse valor corresponde a 3,99 vezes o mínimo oficial, proporção igual à de setembro e um pouco maior que a de outubro de 2018 (3,97).

No ano, de janeiro a outubro, 10 capitais tiveram aumento de preço e sete registraram redução. No período de 12 meses, houve alta em 15 das 17 cidades pesquisadas, variando de 1,76% (Florianópolis) a 10,62% (Goiânia) – as exceções foram Aracaju (-5,11%) e Fortaleza (-1,58%).

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica somou 88 horas e 39 minutos, um pouco a mais do que no mês anterior e do que em outubro do ano passado. O trabalhador que recebe salário mínimo comprometeu 43,8% de sua renda para comprar esses produtos.