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Aumento na conta de luz pressiona inflação na cidade de São Paulo em julho

Índice pesou mais para famílias de menor renda. Em 12 meses, ICV-Dieese varia 2,99%

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Entre os itens com alta no mês passado, a tarifa de eletricidade foi a que mais pressionou a inflação na capital paulista

São Paulo – Com pressão das altas na conta de luz, o Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, variou 0,17% em julho, segundo pesquisa divulgada hoje (7). O indicador tem alta de 1,80% no ano e de 2,99% no acumulado em 12 meses.

De acordo com o instituto, a inflação subiu mais para famílias de menor renda, concentradas no estrato 1: 0,24%. O estrato 2, intermediário, e o 3, ficaram próximos, com variações de 0,17% e 0,16%, respectivamente. Em 12 meses, isso se repete: 3,41% no estrato 1, 3,19% no 2 e 2,75% no terceiro.

Entre os grupos, o de maior alta foi Habitação (1,17%), que tem mais de 22% de participação no ICV. O resultado se deve, principalmente, ao reajuste da tarifa de eletricidade, com aumento de 7,23%.

Já o grupo de maior peso, Alimentação (quase 31%) caiu 0,22% em julho. Entre os diversos itens, o Dieese apurou quedas no leite in natura (-0,02%), aves e ovos (-0,24%), legumes (-2,93%, por causa do tomate), grãos (-4,04%) e hortaliças (-4,38%). Tiveram alta raízes e tubérculos (4,27%) e frutas (0,91%). Comer fora ficou 0,23% mais barato, em média, enquanto produtos industriais variaram -0,28%.

De janeiro a julho, quatro dos 10 grupos têm taxas acima da média (1,80%). Alimentação, por exemplo, subiu 2,35% no ano, com destaque para raízes e tubérculos (48,81%), hortaliças (11,67%), legumes (6,44%) e grãos (5,56%). Em 12 meses, são três grupos acima do índice geral (2,99%), caso, mais uma vez de Alimentação (4,80%).