Dieese

Preço da cesta básica sobe nas 17 capitais pesquisadas no primeiro semestre

Houve aumento geral também em 12 meses. Apenas em junho, custo caiu em 10 cidades. Salário mínimo necessário foi calculado em R$ 4.214,62

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Em junho, preço do feijão caiu na maioria das cidades, segundo o Dieese. Leite e açúcar tiveram aumento

São Paulo – O preço da cesta básica caiu em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo informou o instituto nesta quinta-feira (4). No primeiro semestre, o custo aumentou em todas as cidades.

As altas de janeiro a junho variaram de 1,29% (Campo Grande) a 20,20% (Vitória). A cesta mais cara foi a de São Paulo, onde o custo subiu 6,41% no semestre: R$ 501,68. O menor valor médio foi apurado em Aracaju (R$ 383,09).

Em 12 meses, o Dieese apurou aumento também nas 17 capitais. Essa elevação foi de 6,82% (Belém) a 17,31% (Vitória), somando 11,08% em São Paulo, 11,91% no Rio de Janeiro, 10,07% em Porto Alegre, 14,81% em Belo Horizonte e 10,14% em Brasília, entre outras.

Apenas em junho, as quedas mais expressivas ocorreram em Brasília (-6,65%), Aracaju (-6,14%) e Recife (-5,18%). Já as maiores altas foram registradas em Florianópolis (1,44%), Rio de Janeiro (1,16%), Belo Horizonte (1,05%) e Campo Grande (1,03%). Entre as altas, 1,44% em Florianópolis e 1,16% no Rio.

Com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 4.214,62 o salário mínimo necessário para as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, 4,22 vezes o valor oficial (R$ 998). Essa proporção era de 4,27 vezes em maio e de 3,99 em junho do ano passado.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi estimado em 96 horas e 57 minutos, ante 98 horas e 12 minutos em maio e 89 horas e 56 minutos há um ano. O trabalhador que ganha o mínimo comprometeu 47,9% de sua remuneração para adquirir a cesta, menos que no mês anterior (48,52%) e mais do que em junho de 2018 (44,43%).

Entre maio e junho, segundo o Dieese, houve tendência de diminuição nos preços de feijão, banana e café em pó. Os preços do leite integral, arroz agulhinha e açúcar aumentaram na maioria das cidades.