Custo de vida

Remédios, planos de saúde, energia e combustíveis pressionam inflação na prévia de maio

IPCA-15 de 0,35% foi menor que no mês anterior, mas registrou maior taxa para maio desde 2016. Índice acumulado se aproxima de 5%

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Com alta acima de 3% no mês, gasolina representou o principal impacto na prévia da inflação

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio, de 0,35%, ficou bem abaixo de abril (0,72%), mas registrou a maior taxa para o mês desde 2016, segundo o IBGE, que divulgou o resultado nesta sexta-feira (24). A “prévia” da inflação oficial soma 2,27% em 2019 e atinge 4,93% em 12 meses.

Com alguns itens subindo menos ou estáveis, o IPCA-15 teve pressão de remédios, com alta de 2,03% no mês, planos de saúde (0,80%), combustíveis (3,30%, com destaque para os 3,29% da gasolina) e energia elétrica (0,72%), principalmente. O IBGE destaca ainda o aumento médio da tarifa de ônibus urbano (0,80%).

A maior alta foi do grupo Saúde e Cuidados Pessoais: 1,01%, um pouco abaixo de abril (1,13%). Além de remédios e planos de saúde, os artigos de higiene pessoal registrou elevação de  0,62% neste mês. Já o grupo Transporte registrou variação de 0,65%, também abaixo do mês anterior (1,31%), com impacto das passagens aéreas, cujo preço variou -21,78% e teve influência de -0,09 ponto percentual na taxa geral.  Nos combustíveis, a gasolina teve o principal impacto individual, de 0,14 ponto, enquanto o etanol variou 4% e correspondeu a 0,04 ponto.

Com alta média de 0,72%, acima de abril (0,58%), a energia elétrica levou o grupo Habitação a uma variação de 0,55%. Já o gás encanado caiu 0,37%.

O principal grupo, Alimentação e Bebidas, que corresponde a 25% das despesas das famílias, não variou neste mês, depois de subir 0,92% no anterior. O comportamento foi diferente: comer fora de casa subiu 0,48% e alimentação no domicílio caiu 0,26%. Entre os destaques, feijão carioca (-11,55%), frutas (-3,08%) e carnes (-0,52%). Subiram os preços do tomate (13,08%) e da batata inglesa (4,12%).

Entre as áreas pesquisadas, o menor índice foi apurado na região metropolitana do Rio de Janeiro: -0,06%. O maior foi o de Goiânia, 1,10%. Na Grande São Paulo, a taxa foi de 0,35%. Em 12 meses, o IPCA-15 varia de 4,16% (Brasília) a 5,48% (região metropolitana de Porto Alegre).

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 7 de junho.

 

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