Cenário nebuloso

Produção industrial cai em março e no primeiro trimestre

Resultado se soma aos dados negativos apurados também na inflação e em relação ao desemprego

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Setor automobilístico foi um dos destaques negativos, entre os vários apurados pelo IBGE

São Paulo – Os indicadores econômicos dos primeiros meses de governo Bolsonaro acumulam dados negativos, como na inflação,no desemprego e agora na produção industrial, que recuou 1,3% de fevereiro para março, segundo divulgado nesta sexta-feira (3) pelo IBGE. Na comparação com março do ano passado, o tombo foi de 6,1%. No primeiro trimestre de 2019, a atividade cai 2,2%. Em 12 meses, varia -0,1%.

De acordo com o instituto, a retração mensal reflete queda em três das quatro categorias pesquisadas e em 16 dos 26 ramos. O setor de produtos alimentícios, por exemplo, caiu 4,9% e o de veículos automotores recuou 3,2%. Entre as áreas em alta, destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com crescimento de 4,6%.

Em relação a março do ano passado – que teve dois dias a mais –, o IBGE apurou resultado negativo nas quatro categorias econômicas, em 22 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos. O segmento de indústrias extrativas despencou (-14%), assim como o de veículos automotores (-13,3%). A atividade de produtos alimentícios, também importante na composição, caiu 5%. E o de produtos farmoquímicos teve retração de 7,7%.

Dos quatro setores com aumento, o instituto destaca os impactos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (crescimento de 5%) e de  bebidas (9,9%).

No trimestre, a indústria brasileira teve queda também na quatro categorias, em 21 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 56,9% dos 805 produtos.