Acelerando

Alimentos e combustíveis mais caros: inflação sobe em São Paulo

Segundo o Dieese, taxa na capital chegou a 0,54%, acumulando 4,18% em 12 meses. Em igual período do ano passado, ICV estava em 2,57%. Inflação pesa mais para quem ganha menos

Marcos Santos/USP Imagens

Vários produtos presentes na mesa do paulistano subiram de preço em março, segundo o ICV-Dieese

São Paulo – Alimentos e combustíveis puxaram para cima a inflação no município de São Paulo, medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV), divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Dieese. A taxa foi de 0,54% em março, somando 1,32% no primeiro trimestre e 4,18% em 12 meses. Em igual período de 2018, os resultados tinham sido de 0,03%, 1,04% e 2,57%, respectivamente.

Segundo o Dieese, o peso da inflação foi maior para famílias de menor renda, concentradas no estrato 1 (0,58%), do que as de renda mais elevada, do 3 (0,48%). O estrato intermediário teve variação de 0,60%. Em 12 meses, o ICV também subiu mais para as famílias que ganham menos: 5,10% no primeiro estrato, 4,67% no segundo e 3,67% no último.

O resultado do mês passado teve impacto dos grupos Alimentação (alta de 1,36%) e Transporte (1,26%). Somados, representaram 0,60 ponto percentual na taxa geral.

No primeiro caso, a maioria dos itens subiu de preço. Os produtos in natura aumentaram 2,75% e a alimentação fora do domicílio, 0,83%. O instituto destaca produtos como batata (20,87%), cenoura (11,06%) cebola (8,86%), tomate (28,33%), abobrinha (12,97%), mamão (19,19%) e manga (16,03%). Entre as quedas, estão chuchu (-11,30%), berinjela (-9,40%), quiabo (-2,87%), pimentão (-0,59%),  vagem (-0,33%), maçã (-10,81%) e abacate (-5,07%).

O feijão teve aumento de 12,21%, em média, enquanto o arroz caiu 1,87%. Nas hortaliças, subiram de preço repolho, couve-manteiga (8,05% nos dois casos) e alface (6,15%), entre outros. A carne bovina recuou -0,13%, enquanto a suína teve alta de 0,95%.

Comer lanche fora ficou 0,42% mais caro em março. No caso das refeições principais, o aumento foi de 1,17%. Entre os produtos industrializados, o Dieese apurou queda de leite em pó (-2%), chocolate (-2,22%) e açúcar (-6,46%).

O instituto registrou ainda reajustes de 1,02% no preço da gasolina e de 8,13% no álcool. No grupo Despesas Pessoais (-0,65%), destaque para a queda nos preços de alguns cigarros (-1,02%).

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