IPCA-INPC

Combustíveis e energia ajudam a reduzir inflação em novembro

Índice oficial variou -0,21%, somando 4,05% em 12 meses. Já o INPC está acumulado em 3,56%

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Segundo o IBGE, preço médio da gasolina caiu 3% no mês passado, influenciando no resultado geral do IPCA

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou -0,21% em novembro, menor taxa para o mês desde a implementação do Plano Real, em 1994. O indicador oficial de inflação no país está acumulado em 3,59% no ano, acima do índice do mesmo período de 2017 (2,50%). Em 12 meses, vai a 4,05%, abaixo do período imediatamente anterior (4,56%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (7) pelo IBGE.

Segundo o instituto, os combustíveis (-2,42%) foram um dos produtos que influenciaram o resultado do mês passado, com queda, principalmente, do preço médio da gasolina (-3,07%, chegando a -5,35% em Brasília). Óleo diesel e etanol caíram 0,58% e 0,52%, respectivamente. Com isso, o grupo Transportes, que em outubro havia tido a maior variação (0,92%), caiu 0,74%, com impacto de -0,14 ponto percentual no índice geral.

O grupo Habitação teve queda de 0,71%, com destaque para a energia elétrica: -4,04%. Esse item representou, sozinho, redução de 0,16% ponto no IPCA. Mas com variações. O IBGE apurou, por exemplo, queda de 6,83% na região metropolitana de Fortaleza e alta de 4,31% em Goiânia, onde houve reajuste das tarifas em outubro. 

Ainda nesse grupo, o gás encanado teve aumento médio de 2,08%, sob impacto de reajuste no Rio de Janeiro. E o gás de botijão subiu 0,52%, com reajuste nas refinarias autorizado pela Petrobras.

O grupo de maior peso, Alimentação e Bebidas, subiu menos (de 0,59%, em outubro, para 0,39%), mas representou impacto de 0,10 ponto percentual no mês. Entre os itens que ficaram mais caros, estão cebola (24,45%), tomate (22,25%), batata inglesa (14,69%) e hortaliças (4,43%). Já o preço do leite longa vida recuou 7,52%, com impacto de -0,08 ponto. Comer fora ficou mais caro: a refeição foi de 0,01% para 0,58% e o lanche, de -0,25% para 0,29%.

Em novembro, o menor índice foi o de Brasília (-0,43%) e o maior, de Goiânia (0,12%). Na região metropolitana de São Paulo, a taxa foi de -0,30%. Em 12 meses, o IPCA varia de 1,95% (Aracaju) a 4,63% (Porto Alegre). 

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou -0,25%, ante 0,40% em outubro, também o menor para novembro desde o Plano Real. O acumulado no ano está em 3,29% (1,80% em 2017). Em 12 meses, fica em 3,56%, ante 4% no período imediatamente anterior.