Mercado de trabalho

Emprego formal cresce, mas continua pagando menos

Caged registrou criação de 137.336 vagas com carteira em setembro. País ainda tem 2 milhões de vagas a menos dos que há três anos e quem entra recebe 10% menos do que quem sai

Reprodução

Maior parte dos empregos criados no mês passado veio do setor de serviços

São Paulo – O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, registrou novo resultado positivo em setembro, com saldo de 137.336 vagas formais. O estoque, que cresceu 0,36%, agora está em 38,587 milhões, pouco acima de 2017 (38,128 milhões) e abaixo de igual mês em 2015, antes do impeachment (40,123 milhões). Mais uma vez, quem entra no mercado recebe menos em relação àquele que sai.

Segundo os dados divulgados hoje (22), o setor de serviços respondeu pela maior parte dos postos de trabalho com carteira assinada: 60.961. Depois vêm indústria de transformação, com 37.449 (sendo 29.652 no setor de alimentos e bebidas), o comércio (26.685) e a construção civil (12.481).

O saldo soma 719.089 no ano (aumento de 1,90%) e 459.217 em 12 meses (1,20%). Nos dois casos, a maior parte das vagas veio dos serviços.

O salário médio dos admitidos no mês passado foi de R$ 1.516,89. Os demitidos ganhavam R$ 1.684,39. Diferença, para menos, de 10%.

O chamado trabalho intermitente, criado pela lei da “reforma” trabalhista, teve 6.072 admissões (2.961 em serviços) e 1.791 desligamentos – saldo de 4.281. As funções mais requisitadas foram as de vigilante, servente de obras, soldador, atendente de lojas/mercados e garçom.

A modalidade de trabalho parcial teve 5.451 contratações e 3.477 demissões, saldo de 1.974.

 

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