Caged

Com salário menor e apoio em serviços, emprego formal cresce

De 110 mil empregos com carteira abertos em agosto, mais de 6 mil foram em trabalho intermitente ou parcial. Salário dos contratados é 9,4% menor que o dos demitidos

Valter Campanato / ABR

Dos 110 mil empregos com carteira, 66.256 foram em serviços, cujo estoque cresceu 0,39%

São Paulo – Com destaque para o setor de serviços, responsável por 60% do resultado, o mercado formal criou 110.431 postos de trabalho em agosto, crescimento de 0,29% no estoque do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Apesar do bom resultado, as empresas continuam pagando menos para os novos funcionários, em relação àqueles que saíram.

Mais de 6 mil vagas foram nas modalidades de trabalho intermitente ou parcial, menos seguras e normalmente de menor remuneração. Uma das principais ocupações no segundo caso foi a de professor de ensino superior – aproximadamente 350. Depois da “reforma” trabalhista, várias instituições de ensino fizeram cortes.

Dos 110 mil empregos com carteira, 66.256 foram em serviços, cujo estoque cresceu 0,39%. Também abriram vagas o comércio (17.859, alta de 0,20%), a indústria de transformação (15.764, 039%) e a construção civil (11.800, com a maior alta percentual, 0,57%). Segundo o Caged, o saldo no ano chega a 568.551 (1,50%). Em 12 meses, é de 356.852 (0,94%). 

O estoque chegou a 38,437 milhões, ante 38,080 milhões em agosto do ano passado. Em igual mês de 2015, era de 40,212 milhões.

O salário médio dos admitidos foi de R$ 1.541,53. Os demitidos recebiam, em média, R$ 1.700,80. Uma diferença, para menos, de 9,4%.

O trabalho intermitente, criado pela “reforma”, teve saldo de 3.996 vagas, sendo 2.423 em serviços. Entre as principais ocupações nessa modalidade, estão assistente de vendas, cuidadores (saúde) e serventes de obra.

No trabalho parcial, o saldo foi de 3.165, sendo 2.147 em serviços. Destaques para as funções de faxineiro, operador de caixa e professor de nível superior.