De lado

PIB patina no segundo trimestre. Indústria cai

Soma das riquezas do país variou apenas 0,2% em relação ao primeiro período do ano. Consumo das famílias ficou praticamente estagnado. Na comparação com 2017 e em 12 meses, números modestos: 1% e 1,4%

Gerj / Fotos Públicas

Queda da atividade industrial no país é uma das principais marcas da economia sob o governo golpista de Temer

São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) praticamente não saiu do lugar do primeiro para o segundo trimestre, com variação de 0,2%, informou nesta sexta-feira (31) o IBGE. O resultado ligeiramente positivo se deve ao setor de serviços, que cresceu 0,3%. A agropecuária ficou estável, enquanto a indústria caiu 0,6%. Em valores, o PIB somou R$ 1,693 trilhão.

Alguns indicadores importantes mostram que a economia patinou no segundo trimestre. O consumo das famílias variou apenas 0,1% em relação ao início do ano, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que aponta investimentos, recuou 1,8%. O consumo do governo subiu 0,5%. Exportações e importações recuaram: -5,5% e -2,1%, respectivamente.

A taxa de investimento correspondeu a 16% do PIB. Apesar de acima do segundo trimestre do ano passado (15,3%), é um percentual ainda aquém do necessário. A taxa de poupança passou de 15,7% para 16,4%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2017, o PIB brasileiro cresceu 1%, quinto resultado positivo seguido. Indústria e serviços tiveram alta de 1,2%. A agropecuária recuou 0,4%. O consumo das famílias subiu 1,7% e o do governo, 0,1%, enquanto a FBCF aumentou 3,7%. 

No primeiro semestre, o PIB variou 1,1%. Em 12 meses, a alta também é modesta, 1,4%. Em um ano, a agropecuária sobe 2%, enquanto tanto indústria como serviços têm alta de 1,4%. A FBCF subiu 2,6%, a despesa de consumo das famílias aumentou 2,3% e a do governo caiu 0,4%. As importações (7,1%) crescem acima das exportações (4,7%).