Mercado de trabalho

Com maior procura, desemprego sobe na Grande São Paulo

Seade e Dieese estimam o número de desempregados em 1,943 milhão

Mercado de trabalho chegou a criar vagas em abril, mas número de pessoas à procura de emprego foi maior

São Paulo – A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu para 17,5% em abril, ante 16,9% no mês anterior, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Seade e do Dieese. Os institutos estimaram em 1,943 milhão o número de desempregados, 83 mil a mais do que em março. O aumento ocorreu porque a entrada de pessoas no mercado (96 mil) foi maior que o número de vagas criadas (13 mil).

Na comparação com abril do ano passado, a taxa deste ano foi menor – 17,5% ante 18,6%. O número de desempregados se reduziu em 145 mil, pela situação inversa: 125 mil saíram do mercado, que criou apenas 20 mil vagas. O total de ocupados foi estimado em 9,159 milhões. Houve alta no assalariamento com carteira (0,7%) e de autônomos (0,7%).

Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego foi maior na sub-região leste, que compreende municípios como Guarulhos, Suzano, Itaquaquecetuba e Poá. Na sub-região sudeste, que inclui o ABC, cai para 16,5%, chegando a 16,8% na capital paulista. No recorte por faixa etária, dispara entre jovens de 16 a 24 anos e atinge 39,4%.

Entre os setores, de março a abril o emprego variou 3,3% na construção civil, com acréscimo de 19 mil postos de trabalho, e 0,5% nos serviços, com mais 26 mil. Ficou praticamente estável na indústria (0,2%, mais 2 mil) e teve leve queda no comércio (-0,4%, menos 7 mil).

Estimado em R$ 2.102, o rendimento médio dos ocupados cresceu 0,8% no mês e 6,2% em 12 meses.