Caminhoneiros entram no terceiro dia de protestos contra alta do diesel
Movimento interdita trechos de rodovias de 23 estados, em 253 pontos. Empresas, como os Correios, já sentem os efeitos da paralisação nos transportes
Publicado 23/05/2018 - 10h14
Greve é organizada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa motoristas autônomos
São Paulo – Caminhoneiros protestam pelo terceiro dia seguido contra a alta no preço do diesel, bloqueando rodovias de São Paulo e outros estados, na manhã desta quarta-feira (23). De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, há pontos de interdição em 23 estados – ao todo, são 253 focos de protesto.
Na manhã de hoje, caminhoneiros bloquearam totalmente os dois sentidos da rodovia Régis Bittencourt, em Embu das Artes (SP), no km 279, perto do acesso ao Rodoanel. Eles atearam fogo em pneus.
Por volta das 5h da manhã, motoristas também fecharam a pista da Rodovia Presidente Dutra em Bonsucesso, no sentido São Paulo, no km 210. Apenas uma faixa ficou bloqueada.
A greve é organizada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa motoristas autônomos – a paralisação não envolve veículos fretados. Eles protestam contra o preço do diesel e os impostos que incidem sobre os combustíveis.
A paralisação também afeta a entrega dos Correios. Segundo um comunicado da empresa, a greve tem provocado “forte impacto às operações em todo o país”. Ainda de acordo com a nota, estão suspensas temporariamente as postagens das encomendas com hora marcada.
Em Miracatu (PR), no km 385, duas faixas estão interditadas no sentido Curitiba. Os manifestantes também fecham o acesso para a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. No Km 477, em Jacupiranga (SP), os dois sentidos estão bloqueados e o acostamento interditado.
No Paraná, há 36 pontos de protesto dos caminhoneiros. No Espírito Santo, o trânsito está interrompido nos quilômetros 304, 376 e 414 da BR-101; no km 262 da BR-262 e km 46 e km 50,7 da BR-259.
Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT:
Senado aprova projeto que eleva isenção do IR para até dois salários mínimos
FUP: Temer e Parente são os culpados pelos preços abusivos dos combustíveis
‘Não podemos resumir a greve como proletária, tampouco patronal’
