Preços

Energia, gás e gasolina influenciam inflação em novembro

Apenas o reajuste na conta de luz representou metade do resultado mensal, de 0,32%. Em 12 meses, 'prévia' da inflação oficial sobe 2,77%

Pedro Ventura/Agência Brasília/Fotos Públicas

Produto de consumo doméstico, o gás de cozinha foi um dos itens que pesaram na inflação deste mês, segundo o IBGE

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial, variou 0,32% neste mês, pouco abaixo de outubro (0,34%) e acima de novembro de 2016 (0,26%). O acumulado no ano foi a 2,58%, ante 6,38% em igual período do anterior, menor resultado nesse intervalo desde 1998. Em 12 meses, passou de 2,71% para 2,77%.

Entre os itens que influenciaram o IPCA-15 de novembro, o principal foi a energia elétrica, com variação de 4,42% e 0,16 ponto percentual de impacto, metade do resultado mensal. Apenas esse item variou entre 1,12% (região metropolitana de Fortaleza) e 21,21% (Goiânia). Com isso, o grupo Habitação subiu 1,33%.

Ainda nesse grupo, o preço do gás de botijão subiu 3,3%, representando impacto de 0,04 ponto, segundo o IBGE. Foram registradas variações de 0,14% (região metropolitana do Rio de Janeiro) a 9,44% (Recife). E outro item de consumo doméstico, a taxa de água e esgoto, com alta de 0,3%, refletiu reajustes praticados em São Paulo e Fortaleza.

O aumento da gasolina (1,53%) também atingiu o bolso do consumidor – esse item teve 0,06 ponto de impacto do índice de novembro. O etanol, com 2,78%, representou mais 0,03 ponto. O grupo Transportes registrou alta de 0,27%.

Subiram ainda as tarifas de ônibus intermunicipal (0,45%), com impacto de aumento em Porto Alegre. Já as passagens áreas caíram 10,10% (-0,04 ponto percentual), depois de subir 7,35% em outubro.

A redução de preços de eletrodomésticos (-1,19%) fez o grupo Artigos de Residência variar -0,35%.

Também registrou queda o grupo de maior peso na composição do índice, Alimentação e Bebidas (-0,25%), com redução de 0,87% na região metropolitana de Salvador e de -0,19% em Porto Alegre e São Paulo. O IBGE apurou altas em Belo Horizonte (0,33%), Brasília (0,01%) e Rio de Janeiro (0,02%). 

Segundo o instituto, os preços dos alimentos para consumo no domicílio caíram em média 0,45%, com destaque para feijão carioca (-7,03%), açúcar refinado (-4,52%), farinha de mandioca (-4,25%), açúcar cristal  (-3,81%) e ovos (-3,69%). Entre as altas, batata inglesa (19,59%), cenoura(13,39%) e carnes (0,22%). A alimentação fora de casa subiu 0,10%, variando de -1,05% (Curitiba) a 2,26% (Belém).

O IPCA e o INPC de novembro serão divulgados em 8 de dezembro.

 

 

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