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Trabalhadores contestam privatização da Eletrobras por Temer

Aumento da tarifa, perda na qualidade dos serviços e piora da capacitação do pessoal são algumas das consequências apontadas pela categoria. Parlamentares também criticam a entrega da estatal

Reprodução/TVT

Para trabalhadores, suposta queda no preço da energia com privatização é “falácia”

São Paulo – Para o Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), a privatização da Eletrobras anunciada nesta segunda-feira (22) pelo governo de Michel Temer deve causar perdas de qualidade na operação do sistema e aumento das tarifas para a população. Em Brasília, parlamentares também se manifestaram contra a medida. 

O presidente do Sinergia, Carlos Alberto Alves, avalia que trabalhadores de carreira e com larga experiência serão substituídos por contratados com menos capacidade técnica e menores salários, o que deve afetar a eficiência do serviço prestado à população. 

Em entrevista ao Seu Jornal, da TVTCarlos Alberto diz ser uma “falácia” o argumento utilizado pelo governo de que a privatização da Eletrobras trará redução nas tarifas de energia. 

Isso é uma falácia, achar que o investidor vai comprar a empresa para poder baratear a energia para a população. Ele quer ganhar dinheiro para poder realimentar o capital e os seus investimentos”, diz o dirigente. 

Segundo a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), a privatização do sistema elétrico “em nada melhorará a garantia do fornecimento e da geração de energia no Brasil”. Já o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) repudiou a venda do controle acionário da Eletrobras, assim como outra medida do governo Temer, que pretende elevar as taxas de juros cobradas pelo BNDES. “Estão sucateando por completo os bancos públicos, e agora querem que a conta de energia suba para todos.”