Inflação

Com custo menor de energia e combustíveis, IPCA recua

Taxa em 12 meses, de 4,08%, é a menor em quase 10 anos. Preços dos alimentos, do gás de cozinha e das passagens aéreas subiram em abril

Marcos Santos/USP Imagens

Contas de energia elétrica tiveram queda de 6,39%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no país, variou 0,14% no mês passado, abaixo tanto de março (0,25%), como de abril de 2016 (0,61%) – foi a menor variação para abril desde 1994. Com o resultado, divulgado hoje (10) pelo IBGE, o IPCA está acumulado em 1,10% neste ano, ante 3,25% em igual período do ano passado. Em 12 meses, cai para 4,08%, menor taxa desde julho de 2007.

Segundo o instituto, o índice menor se deve, principalmente, às contas de energia elétrica (-6,39% no mês) e aos combustíveis (-1,95%). A energia, que corresponde a 3,5% da despesa familiar, foi responsável por -0,22 ponto percentual na taxa de abril, enquanto os combustíveis, 5% da despesa, responderam por 0,10 ponto.

Com custo menor de energia, o grupo Habitação, que havia subido 1,18% em março, recuou 1,09% no mês passado. Outro componente desse grupo, gás de cozinha, registrou aumento de 2,63%.

Já o grupo de maior peso, Alimentação e Bebidas, passou de 0,34% para 0,58%, com altas em vários itens, como tomate (29,02%) e batata inglesa (20,81%). Também subiram os preços da cebola (6,03%), alho (4,83%), ovos (4,03%) e café moído (2,65%), entre outros produtos.

Em Transportes, a variação foi de -0,06%, com a influência já citada dos combustíveis (-1,95%): redução de 1,75%  no caso da gasolina e de 3,33% no etanol. Mas subiram os preços das passagens aéreas (15,48%) e a tarifa de ônibus urbanos (0,69%).

Dos grupos com alta, Saúde e Cuidados Pessoais variou 1%, com aumento de 1,95% em medicamentos. Esse item, individualmente, teve impacto de 0,07 ponto na taxa geral.

Entre as regiões, o IPCA variou de -0,22% (área metropolitana de Salvador) a 0,54% (Distrito Federal). Atingiu 0,49% em Recife, 0,38% no Rio de Janeiro, 0,22% em Porto Alegre, 0,20% em Vitória, 0,16% em São Paulo, 0,15% em Goiânia, 0,09% em Belém, 0,08% em Fortaleza, -0,05% em Curitiba, -0,08% em Belo Horizonte e -0,13% em Campo Grande. Em 12 meses, vai de 2,30% (Goiânia) a 5,86% (Fortaleza).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 0,32%, em março, para 0,08%, também abaixo de abril de 2016 (0,64%). Está acumulado em 3,99% em 12 meses, ante 4,57% no período imediatamente anterior.