Custo de vida

Inflação cede em março, com queda nos preços de combustíveis

IPCA teve variação de 0,25%, menor taxa para o mês desde 2012. Índice acumulado em 12 meses vai a 4,57%. Conta de energia elétrica e botijão de gás aumentaram

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,25% em março, menor taxa para o mês desde 2012, segundo informou hoje (7) o IBGE. No primeiro trimestre, o resultado de 0,96% foi o mais baixo para o período desde o início do Plano Real, em 1994. Em 12 meses, o índice oficial de inflação atinge 4,57%.

Entre os itens em queda, um destaque foi a gasolina, do grupo Transportes (-0,86% em março), cujo preço do litro caiu 2,21%, em média, chegando a -4,01% na região metropolitana de Curitiba. O produto só aumentou em Recife (0,71%). No caso do etanol, o preço recuou 5,10%, na média das regiões pesquisadas, atingindo -6,46% em São Paulo. O IBGE cita ainda a variação de -9,63% nas passagens aéreas.

A maior parte da variação do mês passado deve-se ao item energia elétrica, que subiu 4,43%, representando impacto de 0,15 ponto percentual no índice total. Com isso, Habitação variou 1,18%, a maior alta entre os grupos. Os aumentos variaram de 1,53% (região metropolitana de Belém) a 6,74% (Rio de Janeiro). Também subiu (1,13%) o custo com o botijão de gás, “tendo em vista reflexos do reajuste médio de 9,80% ao nível das refinarias” feito pela Petrobras, aponta o IBGE.

A segunda maior alta entre os grupos ficou com Educação, embora com menor intensidade em relação ao mês anterior (de 5,04% para 0,95%). Segundo o instituto, “ficou no IPCA de fevereiro a forte pressão dos reajustes anuais habitualmente aplicados sobre o valor das mensalidades do ano anterior”.

O grupo Alimentação e Bebidas passou de -0,45%, em fevereiro, para 0,34%. Alguns produtos importantes aumentaram de preço, casos do leite longa vida (2,60%), do café moído (1,89%) e do pão francês (0,91%). O feijão caiu de preço, nos tipos preto (-9,11%), carioca (-5,59%) e mulatinho (-4,50%). Também registraram queda produtos como açúcar refinado (-1,65%), arroz (-1,13%) e carnes (-0,96%).

Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas Pessoais variaram 0,69% e 0,52%, respectivamente. O IBGE destaca altas nos itens plano de saúde (1,07%), higiene pessoal (0,71%) e cigarro (1,68%).

Nas regiões, o índice mais elevado foi o de Fortaleza (0,66%), com elevação de 8,26% nos cursos regulares. E o menor foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (-0,04%), com influência da redução de 2,27% nos combustíveis.

O IPCA de março variou 0,54% em Recife, 0,38% no Rio, 0,31% em São Paulo, 0,27% em Curitiba e em Goiânia, 0,24% em Porto Alegre, 0,14% em Campo Grande, 0,13% em Belém e em Vitória, 0,04% em Salvador e -0,02% em Brasília. No acumulado em 12 meses, vai de 2,69% (Goiânia) a 6,85% (Fortaleza).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu de 0,24%, em fevereiro, para 0,32% no mês passado, abaixo de março de 2016 (0,44%). Em 12 meses, também está em 4,57%, ante 4,69% no período imediatamente anterior.