Produção

Com queda em veículos, atividade industrial fica estagnada em janeiro

Setor automobilístico caiu 10,7% no mês, interrompendo sequência positiva. Produção brasileira registra alta na comparação com janeiro do ano passado

Comunicação Volkswagen do Brasil

Em 12 meses, a produção recua 5,4%. Segundo o IBGE, o ritmo de queda tem se reduzido desde junho de 2016

São Paulo – Com destaque para a queda de 10,7% no setor de veículos automotores, interrompendo dois meses de alta, a produção industrial brasileira variou -0,1% de dezembro para janeiro, segundo informou hoje (8) o IBGE. Dos 24 ramos pesquisados, 12 tiveram taxa negativa e 12, positiva. Na comparação com janeiro do ano passado, a atividade cresceu 1,4%, após 34 meses seguidos de retração.

Em 12 meses, a produção recua 5,4%. Segundo o IBGE, o ritmo de queda tem se reduzido desde junho do ano passado, quando a taxa anualizada foi de -9,7%.

Ainda entre dezembro e janeiro, caíram atividades de segmento como equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,5%), máquinas e equipamentos (-4,9%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,0%) e produtos de borracha e de material plástico (-3,8%). Todas os segmentos haviam registrado taxa positiva em dezembro.

Entre os que tiveram crescimento, estão coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (21,6%), produtos alimentícios (1,2%), de bebidas (5,5%),  indústrias extrativas (1,1%)e metalurgia (1,8%).

Na comparação com janeiro de 2016 (com dois dias úteis a menos), o IBGE apurou resultado positivo nas quatro categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 47 dos 79 grupos e 52,8% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a principal influência positiva veio de indústrias extrativas (12,5%), “impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural”.

Outras contribuições consideradas relevantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18%), celulose, papel e produtos de papel (6,9%) e produtos alimentícios (1,6%). Das 10 atividades que tiveram retração, a principal influência veio de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,1%), “pressionada, em grande parte, pelo item óleo diesel”. O instituto destaca ainda quedas em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%), de máquinas e equipamentos (-4,9%), produtos de metal (-6,2%) e outros equipamentos de transporte (-9,4%).