'última alternativa'

Presidente da Caixa diz que banco não pretende fechar agências

Presidente da Caixa, Gilberto Occhihá, diz que há outras medidas possíveis, como redução do tamanho da agência, transformação em postos de atendimento e transferência de local

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Segundo a Caixa, das 3.700 agências, cerca de 100 não têm apresentado resultados satisfatórios

Brasília – O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse hoje (21) não haver, até o momento, intenção de seguir o exemplo do Banco do Brasil, que recentemente anunciou o fechamento de algumas de suas agências. “A Caixa não tem intenção de fechar agências”, disse Occhi.

No entanto, agências com resultados deficitários podem ser revistas, ressaltou Occhi, após participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão.

Segundo Occhi, das 3.700 agências da Caixa, cerca de 100 agências não têm apresentado resultados satisfatórios. “Mas, antes de optarmos pelo fechamento das agências, há outras medidas possíveis, como redução do tamanho da agência, transformá-las em postos de atendimento, transferência de local. A última alternativa é o fechamento da unidade”, afirmou. Ele informou, porém, que o banco estuda a possibilidade de fazer um programa de apoio à aposentadoria.

O Banco do Brasil anunciou que vai fechar agências bancárias, ampliar o atendimento digital, lançar um plano de aposentadoria incentivada e propor redução de jornada de trabalho para parte dos funcionários. De acordo com o banco, será preservada a presença do BB nos municípios em que já atua. Serão fechadas 31 superintendências regionais e 402 agências e 379 agências serão transformadas em postos de atendimento bancário. Atualmente, o BB tem 4.972 agências de varejo e 1.781 postos de atendimento. Em outubro, o banco já havia iniciado o encerramento de 51 agências.

Pouco antes de começar a reunião do CDES, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, mostrou-se otimista com a queda dos índices inflacionários, o que possibilitaria redução dos juros no país. “Há condições estruturais de queda de juros, uma vez que a inflação já está sinalizando patamares bem confortáveis”, disse.