novos dados

PIB de 2014 é revisado, e crescimento vai de 0,1% para 0,5%

Agropecuária e serviços cresceram, indústria caiu. Consumo das famílias foi o principal responsável pela alta

Arquivo/ABr

Agropecuária cresceu 2,8% e os serviços, 1%

São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 cresceu 0,5%, em dado revisado e divulgado hoje (17) pelo IBGE. O resultado original era de 0,1%. Em valores, o PIB atingiu R$ 5,779 trilhões, enquanto o per capita foi de R$ 28.498, com queda de 0,4% em relação ao ano anterior. Foi a terceira retração desde o ano 2000.

Entre os setores, a agropecuária cresceu 2,8% e os serviços, 1%. A indústria caiu 1,5%, sendo responsável por perda de 0,4 ponto percentual. O setor de serviços correspondeu a 0,7 ponto e a agropecuária, a 0,1 ponto.

Segundo o instituto, a indústria teve queda na maior parte dos segmentos, com destaque para o automobilístico (-19,6%) e o de autopeças (-16,1%), além da construção civil (-2,1%). Registraram crescimento as atividades de extração de petróleo (10,9%), extração de minério de ferro (6,8%), farmoquímica (7,4%) e indústrias de açúcar (3,5%) e de álcool (5,2%).

O consumo das famílias cresceu 2,3%, sendo o principal responsável pelo crescimento do PIB em 2014. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador de investimentos, caiu 4,2%, enquanto a taxa em relação ao PIB recuou de 20,9%, em 2013, para 19,9%.

A participação da remuneração dos empregados em relação ao PIB atingiu 43,5% em 2014, ante 43,2% no ano anterior.

Já a necessidade de financiamento aumentou 46,3%, para R$ 262 bilhões.

A economia brasileira cresceu 7,5% em 2010. No ano seguinte, o resultado teve ligeira revisão para cima, de 3,95% para 4%. Não houve alteração para 2012 (1,9%) e 2013 (3%). No ano passado, conforme dado divulgado este ano, o PIB caiu 3,8%.

Segundo a Agência Brasil, esses e outros resultados fazem parte do Sistema de Contas Nacionais 2010-2014, que o IBGE divulgou com a incorporação de novos dados do próprio IBGE e de fontes externas, além de atualizações metodológicas, revisando os resultados já divulgados pelas Contas Nacionais Trimestrais, o que torna os resultados, segundo o instituto, “mais amplos e detalhados”.