Inflação

IGP-M tem primeira taxa negativa em dois anos

Taxa variou -0,03% em novembro e soma 7,12% em 12 meses. Índice que mede preços ao consumidor aumentou neste mês, mas acumulado é o menor desde 2014. Preços de cigarros e gasolina subiram

São Paulo – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), variou -0,03% em novembro, a menor taxa desde agosto de 2014, somando 6,6% ano. Em 12 meses, vai a 7,12%, no quinto mês seguido de recuo e com o menor índice desde julho do ano passado.

Mas o indicador de preços ao consumidor, o IPC, que responde por 30% do resultado total, subiu para 0,26%, ante 0,17% em outubro. Segundo a FGV, cinco dos oito grupos registraram aumento, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (de -0,24% para 0,32%) – o item show musical foi de -5,02% para 1,56%.

Também tiveram elevação os grupos Alimentação, embora ainda negativo (de -0,22% para -0,07%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,35% para 0,63%), Transportes (de 0,51% para 0,53%) e Despesas Diversas (de -0,14% para 0,14%). Os destaques de alta foram os itens frutas (de -4,36% para 0,87%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,40% para 0,71%), gasolina (de 0,47% para 1,11%) e cigarros (de -0,97% para -0,14%).

Apesar da alta em novembro, o IPC acumulado em 12 meses (7,02%) é o menor em dois anos, desde dezembro de 2014.

Os grupos com taxas menores foram Habitação (de 0,38% para 0,26%), Vestuário (de 0,22% para 0,14%) e Comunicação (de 0,51% para 0,40%). A FGV cita gás de bujão (de 3,89% para 0,19%), calçados (de 1,04% para 0,01%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,68% para -0,16%).

O IPA (preços ao produtor), responsável por 60% da taxa geral, passou de 0,15% para -0,16%. Atinge 7,32% em 12 meses. E o INCC (custos de construção) manteve-se em 0,17%, com 6,09% no acumulado.

 

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