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Mercado formal corta 39 mil empregos em setembro

No ano, perda é de 683.597 vagas. Em 12 meses, chega a 1,6 milhão, sendo quase 1,3 milhão na indústria, serviços e construção. Resultado do mês mostrou diferenças regionais: Nordeste sobe, Sudeste cai

São Paulo – O mercado formal de trabalho fechou vagas pelo 18º mês seguido, mas em ritmo menor de corte, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (25) pelo Ministério do Trabalho. Foram cortados 39.282 postos de trabalho em setembro (-0,10%), resultado de 1,143 milhão de admissões e 1,182 milhão de demissões. No ano, são 683.597 vagas a menos, redução de 1,72%. Em 12 meses, o país perdeu quase 1,6 milhão: 1.599.733 (-3,94%).

No mês passado, a indústria de transformação e o comércio abriram vagas, 9.363 e 3.940, respectivamente. O setor de serviços eliminou 15.141 a construção civil, 27.591. A agropecuária também fechou postos de trabalho (8.198), enquanto a administração pública ficou relativamente estável (menos 448).

De janeiro a setembro, a situação se inverte. Agropecuária (74.811) e administração pública (18.151) abrem vagas. A indústria perde 136.422 (-1,79%), a construção elimina 191.862 (-7,21%) e os serviços, 174.350 (-1,02%).

Em 12 meses, todos os setores têm perdas, com destaque para indústria (-461.609), serviços (-426.035) e construção (-409.463). Esses três setores concentram a maior parte (81%) das vagas cortadas no período: quase 1,3 milhão de 1,6 milhão.

Na série sem ajuste, o Caged apresenta estoque de 38.975.548 empregos com carteira.

O resultado do mês mostrou diferenças regionais, com crescimento em duas regiões e queda em três. No Nordeste, o saldo foi de 29.520 vagas formais (0,46%), com destaque para Pernambuco (15.721). No Sul, foram abertos 1.135 postos de trabalho.

O Sudeste fechou 63.521 empregos com carteira, sendo 23.521 no Rio de Janeiro e 21.853 em São Paulo. Também houve retração no Centro-Oeste (-5.374) e na região Norte (-1.042).