Inflação

IGP-M avança em maio e supera os 11% em 12 meses

Índice da FGV havia registrado trajetória de redução nos dois meses anteriores. Soja, batata, remédios e cigarros, entre outros itens, influenciaram na alta. Preços de etanol e carne bovina caíram

divulgação/secretaria da saúde de RS

Item medicamentos foi um dos que tiveram impacto no IPC, passando de 3,15% para 6,20%

São Paulo – Depois de dois meses com trajetória de redução, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve variação de 0,82% em maio e voltou a superar os 11% em 12 meses, atingindo 11,09%, ante 10,63% no período imediatamente anterior. Os dados foram divulgados hoje (30) pela FGV.

Responsável por 60% do índice geral, o IPA (preços ao produtor amplo) passou de 0,29%, em abril, para 0,98%, com influência de produtos como soja em grão (12,38%), farelo de soja (17,03%) e milho em grão (7,93%). Em 12 meses, o IPA soma 12,54%.

O IPC (preços ao consumidor), que concentra 30% do total, foi de 0,39% para 0,65%, com aumento em cinco das oito categorias de despesa que compõem o índice. O principal veio do grupo Habitação (de -0,28% para 0,38%), sob impacto do item tarifa de eletricidade residencial, que passou de -3,65% para 0,41%.

Outros itens que tiveram impacto no IPC foram medicamentos (de 3,15% para 6,20%), cigarros (de 0,40% para 5,88%), calçados (de -0,43% para 0,36%) e tarifa de telefone residencial (de -0,53% para 0,22%). Entre os itens que puxaram o índice para baixo, a FGV destaca etanol (de -1,39% para -6,89%), carnes bovinas (de -0,08% para -1,51%) e show musical (de 0,84% para -1,94%).

Os grupos que recuaram em  maio foram Transportes (de 0,33% para -0,13%), Alimentação (de 0,85% para 0,77%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,07% para -0,13%). Em 12 meses, o IPC atinge 9,09%.

Já o INCC (custo da construção) foi de 0,41%, em abril, para 0,19%. E soma 6,77% no acumulado em 12 meses.