Produção agrícola

IBGE e Conab reveem projeções para a safra deste ano

Para instituto, que divulgou sua quarta estimativa, volume atinge 205,4 milhões de toneladas, 1,9% abaixo do ano anterior. Área cresce. Companhia avalia que falta de chuvas afetou produtividade

Camila Domingues/Palácio Piratini

Arroz, milho e soja, as três principais culturas, representam 92,9% da produção e 87,1% da área

São Paulo – Em sua quarta estimativa para a safra nacional de grãos, o IBGE calculou volume de 205,4 milhões de toneladas, 1,9% abaixo do obtido no ano passado. A projeção para a área a ser colhida cresceu 1,6%, para 58,5 milhões de hectares. Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado na manhã de hoje (10).

Arroz, milho e soja, as três principais culturas, representam 92,9% da produção e 87,1% da área. Na comparação com a safra anterior, a produção da soja aumenta 1,3%, enquanto a do arroz e do milho caem 7,6% e 5%, respectivamente.

O Centro-Oeste concentra 42,3% da produção brasileira, enquanto o Sul responde por 36,3%. Seguem-se as regiões Sudeste (10,2%), Nordeste (7,7%) e Norte (3,5%). Segundo o IBGE, o Sudeste tem crescimento de 8,3% em relação à safra passada, e as demais sofrem quedas.

Entre os estados, o Mato Grosso segue como principal produtor de grãos, com 25,1% de participação, seguido pelo Paraná (18,3%) e pelo Rio Grande do Sul (15%). Os três somam 58,4% do total previsto para o país.

Soja

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção brasileira em 202,4 milhões de toneladas na safra 2015/2016, redução de 2,5% em relação à anterior. “A falta de chuvas resultou na redução da produtividade das safras de soja e milho”, diz a Conab. “A queda deve-se principalmente ao milho segunda safra, fortemente afetado pela seca do mês de abril.”

Responsável por 47,9% da produção nacional de grãos, “mesmo afetada pelo clima”, a soja deverá ter crescimento (de 677,1 mil toneladas), devido ao crescimento de 3,1% na área de cultivo.

Para o arroz, milho primeira safra e algodão a estimativa é de queda na produção total, impulsionada pela redução na área plantada. A recuperação das produtividades de feijão reflete em aumento da produção, apesar da queda na área plantada do país”, informa a companhia.