Balança

País reverte resultado e tem superávit de US$ 3 bi em fevereiro

Foi o melhor resultado para o mês na série histórica. País acumula saldo de US$ 3,965 bilhões em 2016, também revertendo o resultado de igual período do ano passado (déficit de US$ 6,10 bilhões)

memória/ebc

Vendas de veículos ao exterior cresceram quase 80% no primeiro bimestre

São Paulo – O Brasil registrou superávit comercial de R$ 3,043 bilhões em fevereiro, com US$ 13,348 bilhões em exportações e US$ 10,305 bilhões em importações, segundo informou hoje (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em igual mês do ano passado, o país teve déficit (US$ 2,840 bilhões). Além de ser o melhor resultado para fevereiro na série histórica, iniciada em 1989, o desempenho interrompeu uma série negativa de 17 meses, na comparação com igual mês do ano anterior. O último superávit foi registrado em agosto de 2014, ante 2013.

Com isso, o país acumula saldo de US$ 3,965 bilhões em 2016, também revertendo o resultado de igual período do ano passado (déficit de US$ 6,10 bilhões). Em 12 meses, até fevereiro, o superávit brasileiro soma US$ 29,660 bilhões – são US$ 189,931 bilhões em vendas ao exterior e US$ 160,271 bilhões em compras.

Apenas em fevereiro, os principais destinos das exportações foram Argentina e México, segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação da Secretaria de Comércio Exterior, Herlon Brandão. “Esse desempenho é resultado dos acordos fechados pelo Brasil e também pelo atual patamar do câmbio, que favorece as exportações.”

Em 12 meses, na comparação entre 2015/2016 e 2014/2015, com base na média por dia útil, as exportações caem 13,2% e as importações recuam 28,1%.

No bimestre, entre outros produtos, caem as exportações de minério de ferro (-45,6%) e petróleo em bruto (-29%) e aumentam as de soja em grão (126,3%), automóveis (79,8%) e etanol (59,4%). As importações de combustíveis e lubrificantes recuam 57%.

Entre os países ou blocos, em janeiro e fevereiro o país exportou menos para os Estados Unidos (-16%), Oriente Médio (-12,4%), União Europeia (-9,2%) e Mercosul (-8,7%), mas com alta no caso da Argentina (4,4%). Aumentaram as vendas para a África (7,1%) e para a Ásia (4,9%).

Já para importações houve recuo em todos os casos: África (-49,4%), Ásia (-41,1%), Mercosul (-31,9%), Estados Unidos (-27,3%), União Europeia (-25,5%) e Oriente Médio (-20,4%).

Os principais destinos das vendas brasileiras são China (US$ 3,6 bilhões no primeiro bimestre), Estados Unidos (US$ 3,2 bilhões) e Argentina (US$ 1,9 bilhão). E os principais países de origem das importações são China (US$ 4,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 3,3 bilhões) e Alemanha (US$ 1,3 bilhão).